Polícia Civil e MP ainda querem saber por que e quem mandou matar Fábio Escobar
De perfil explosivo, o empresário mantinha relacionamento e negócios com agentes públicos. Muitos o consideravam perigoso
Além da prisão de 10 policiais militares, a juíza Flávia Nagato, da 1ª Vara Criminal de Anápolis, autorizou o cumprimento de 18 mandados de busca e apreensão.
Em Anápolis, Goiânia e Brasília, Caldas Novas, Nerópolis, Nova Veneza, a força-tarefa da Polícia Civil e do Ministério Público recolheu celulares, computadores, tablets, HD’s, pendrives e outros eletrônicos.
“Podendo, ainda, a Autoridade Policial acessar os aplicativos de mensagens e conteúdos de e-mails, geolocalização e galeria de fotos armazenados”, sublinhou a magistrada em decisão, cumprida nesta terça-feira (19).
A juíza Flávia Nagato também determinou o afastamento de sigilo de dados eletrônicos, telefônicos e de fluxo de comunicações de informática e telemática dos envolvidos.
É esperado que, a partir do resultado desta fase da operação, batizada de Tesarac, duas perguntas sejam respondidas: por que e quem mandou matar Fábio Escobar em uma emboscada.
De perfil explosivo, o empresário mantinha relacionamento e negócios com agentes públicos — muitos o consideravam perigoso.
Como mostrado em primeira mão pelo Portal 6, a decisão desta terça trouxe que o sargento Welton da Silva Vieiga, principal suspeito de ter executado o fazendeiro Luiz Carlos Ribeiro da Silva, amigo íntimo do prefeito Roberto Naves (de saída do PP), também estava altamente envolvido no assassinato de Fábio Escobar.
O policial morreu na operação que tentou prendê-lo, no final de janeiro deste ano. Os 10 militares detidos atuavam, em sua maioria, na Força Tática — convênio da Polícia Militar com a Prefeitura de Anápolis.
Relembre a morte do empresário Fábio Escobar, clicando aqui.
Relembre a morte do fazendeiro Luiz Carlos, clicando aqui.