Anapolinos se revoltam com caso de pastor suspeito de “incorporar anjos” para abusar sexualmente de fiéis

Duas jovens denunciaram terem sido vítimas do religioso; Polícia Civil atualizou próximos passos da investigação

Davi Galvão Davi Galvão -
Anapolinos se revoltam com caso de pastor suspeito de “incorporar anjos” para abusar sexualmente de fiéis
Vanderlei Antônio de Oliveira, líder da Assembleia de Deus Ministério Bola de Fogo, está sendo investigado pela Polícia Civil (PC). (Foto: Reprodução)

Moradores de Anápolis ficaram chocados com a recente notícia acerca das ações do pastor Vanderlei Antonio de Oliveira, líder da Assembleia de Deus Ministério Bola de Fogo, que está sendo investigado pela Polícia Civil (PC) por possível abuso sexual contra duas fiéis. As jovens acusam o homem de simular “campanhas espirituais” para se aproveitar de ambas.

O caso foi trazido à público com exclusividade pelo Portal 6. Na publicação, internautas expressaram desgosto com as ações praticadas, criticando a postura do líder religioso e a forma com a qual ele usava da posição de autoridade para manipular as vítimas.

Os anapolinos ainda questionaram a conivência dentro da própria Igreja com situações semelhantes e condenaram aqueles que usam o nome de Deus para praticar atos criminosos.

Além de se posicionarem em defesa das vítimas, alguns comentários indagaram a respeito do progresso das investigações e quais seriam os próximos passos das autoridades.

Em nota, a PC afirmou apenas que o caso segue sendo investigado pelo 1º DP de Anápolis e que “o procedimento está com diligências sendo realizadas para a escorreita apuração dos fatos e será concluído tão logo findas as investigações”.

Em tempo

De acordo com denúncias feitas à PC, o pastor Vanderlei estaria se aproveitando da posição de liderança para abordar as jovens e propor reuniões privadas, que ocorreram no final do ano passado, em um formato de campanha de oração espiritual, em que incorporava “anjos”.

Em um dos casos, o líder teria afirmado que uma “pomba gira” estaria no caminho do marido da vítima e que era necessária a campanha para que o companheiro voltasse a ter interesse sexual pela esposa.

Em outro episódio, ele havia garantido à fiel uma progressão na vida financeira e sentimental, mas que, para tal, seria necessário o envio de fotos e vídeos íntimos.

Durante essas duas reuniões, as jovens teriam sido violentadas sexualmente pelo pastor, estando o mesmo em companhia da própria esposa, que ordenava para que as garotas continuassem com os atos, já que seria tudo da “vontade dos anjos”.

Vanderlei ainda teria imposto um voto de sigilo sobre o ocorrido, com a ameaça de maldições e penitências religiosas.

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