“Se tivéssemos efetivo suficiente teríamos feito mais de 300 prisões”, diz Vanderic sobre bêbados ao volante

Delegado faz alerta sobre a situação em Anápolis e pontua que até um primo dele esteve entre os flagrantes

Samuel Leão Samuel Leão -
"Toda morte no trânsito é investigada", afirma Manoel Vanderik, titular da Dict (Foto: Captura)
“Toda morte no trânsito é investigada”, afirma Manoel Vanderik, titular da Dict (Foto: Captura)

Anápolis poderia ter registrado mais de 300 prisões na operação Direção Consciente, realizada na noite desta sexta-feira (21). Essa foi a expectativa expressa pelo delegado Manoel Vanderic, que, segundo ele, só não se concretizou por falta de efetivo.

“Se a gente tivesse efetivo o suficiente, com certeza teríamos feito mais de 300 flagrantes. Por volta de meia noite, mais de 80% dos motoristas estão dirigindo sob efeito de bebida alcoólica”, revelou.

O titular da Delegacia Especializada em Investigações de Crimes de Trânsito (DICT) apontou que a força-tarefa esteve mobilizada em diversas regiões da cidade, interceptando carros aleatoriamente. Dentre as abordagens, mais de 50 descobriram motoristas embriagados.

“Durante a madrugada, a delegacia não tinha lugar para sentar. Nós tivemos duas grandes festas, um show em Anápolis, na Pecuária, e outra em Abadiânia também. Então tinha um trilheiro de motoristas bêbados dirigindo pela rodovia nesta noite”, completou.

Ao relatar os variados perfis abordados, Vanderic revelou uma crescente nos casos de mulheres praticando tal crime. Além disso, apontou que até um vizinho da delegacia e um primo dele estavam irregulares.

“O nosso vizinho, de frente da delegacia, foi preso em flagrante também. Ele viu que estávamos fazendo operações e, mesmo assim, decidiu dirigir embriagado e foi preso na esquina”, contou.

Sobre a detenção do parente, que faria parte dos 11 motoristas presos na ação, ele ainda acrescentou que tal atitude reforça seu compromisso com a função. Vanderic disse que são recorrentes os casos de “carteiradas”, dadas por condutores abordados, o que requer da polícia uma postura irredutível.

“Eu prendi um primo também, e eu cumpro meu trabalho, não tem parente durante o trabalho. A gente não vive mais no tempo do coronelismo, direto recebemos carteiradas aqui, para tentar justificar esse crime de embriaguez ao volante”, finalizou.

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