Skatistas de Anápolis se unem para revitalizar pista por conta própria: “abandonada pela prefeitura”
Frequentadores afirmam que até mesmo crianças já se machucaram enquanto treinavam, por conta das inúmeras rachaduras e buracos no local
Um dos locais mais conhecidos para quem está no meio do cenário skatista em Anápolis é o Praia Skate Park, localizado no Parque JK.
Porém, um problema frequente do espaço são os vários buracos e rachaduras que atrapalham a prática do esporte e, frequentemente, causam acidentes para os entusiastas da prática, inclusive crianças.
Cansados de esperar iniciativas do poder público, o grupo Quadra 07 Skateboard, um dos mais tradicionais da cidade, resolveu – mais uma vez – tomar para si essa questão, arcando com os gastos e esforços para os reparos e manutenções.
Um dos administradores da iniciativa é o skatista Thiago Pacheco. Em entrevista ao Portal 6, ele garantiu que a situação precária da pista não é algo pontual e que, sempre que há necessidade de algum conserto, os próprios frequentadores levantam entre si o dinheiro necessário para tal.
“Esses buracos e rachaduras já machucaram muita gente, teve várias crianças que caíram já também, algumas quebraram o braço, eu mesmo já caí um monte de vezes”, contou.
“O reparo e até a limpeza quem sempre fez foram os próprios skatistas, com a Associação Skateboard de Anápolis e a Quadra 07. Com a ajuda dos amigos e os pais da molecada, a gente dá um jeito de arrumar a areia, o cimento, e o que mais precisa”, completou.
De acordo com Thiago, a Secretaria de Esportes ajuda com outros aspectos, mas afirma que falta verba para os serviços de revitalização.
Desta vez, as obras estão sendo realizadas em virtude do evento de Halloween que ocorrerá no local, já neste sábado (28), a partir das 14h, sendo aberto ao público e contando com brindes, brincadeiras e prêmios para a melhor fantasia e o melhor “trick” (manobra) no skate.
Skatista há mais de 12 anos, Weder Henrique frequenta a pista do Praia quase todos os dias e confirmou também que, constantemente, a própria comunidade tem de levantar fundos entre si para organizar os reparos e continuar a usufruir do espaço.
“Eu moro aqui do lado [do Praia] e, se a prefeitura vem, é até pior. Isso porque eles fazem apenas uma maquiagem, na primeira chuva o cimento já quebra e os buracos voltam. Não tem o menor planejamento ou fiscalização, aparece a cada dois ou três anos”, denunciou o jovem, por fim.