Unimed é condenada a pagar cirurgia plástica de paciente goiana que realizou bariátrica
Empresa havia justificado que procedimento era apenas "estético", mas juíza não concordou
Em decisão judicial, a Unimed Anápolis deverá bancar, em um prazo máximo de 30 dias, todos os custos de uma cirurgia plástica reparadora, feita por uma paciente após a realização de uma bariátrica.
A mulher passou pelo procedimento para lidar com a situação de obesidade mórbida e com comorbidades associadas ao excesso de peso e, na sequência, recebeu a negativa do plano de saúde para a retirada do excesso de pele resultante.
Segundo a juíza Fláviah Lançoni Costa Pinheiro, lotada no Juizado Especial Cível e Criminal da comarca de Goianira, esse processo seria de extrema importância para o bem-estar e a autoestima da paciente, não sendo simplesmente um fator estético.
Após realizar a bariátrica, a mulher perdeu mais de 44kg, mudando consideravelmente a estrutura corporal. No entanto, ao solicitar o novo procedimento, que pode ser considerado complementar ao anterior, foi negada pelo plano.
Diante disso, ela requereu a concessão para realização de todos os procedimentos necessários.
Ainda segundo o relatório médico apresentado, é apontado que, após a grande perda de peso, ela teve um quadro de flacidez excessiva – o que dificulta até na higiene pessoal, reforçando ainda mais o caráter de saúde da cirurgia plástica.
A magistrada optou por considerar as razões apontadas pela paciente como suficientes, de modo que o procedimento devia ser encarado como uma segunda etapa do tratamento da obesidade, ressaltando ainda que a conduta do plano de saúde teria sido “abusiva”.