Goiana vai ao hospital para fazer cirurgia de safena e acaba com a perna amputada
Apesar das reclamações da paciente, equipe médica a ignorou por três dias até reavaliarem o caso, o que pode ter custado o membro da goiana
Após realizar um procedimento relativamente simples em Morrinhos, região Sul de Goiás, com o intuito de tratar as dores que sentia na perna, a dona de casa Maria Helena dos Santos, de 60 anos e apaixonada por dança, acabou tendo a perna direita amputada.
Acontece que, durante a intervenção médica, o profissional responsável acabou dilacerando artéria femoral da mulher, resultando, após dias de sofrimento, na retirada do membro.
Ao G1, o filho da vítima relatou que a mãe, inicialmente, ainda em agosto do ano passado, teria procurado a rede pública após descobrir um quadro de insuficiência venosa nas pernas, que lhe causava fortes dores.
A solução apresentada pelos médicos do Sistema Único de Saúde (SUS) foi uma cirurgia de safena, agendada para o dia 06 de fevereiro.
Logo ao fim do procedimento, após a anestesia passar, a dona de casa começou a reclamar de muita dor no local, não conseguindo sequer mexer a perna direita, alegando que membro estava dormente e frio.
Apesar disso, o médico responsável afirmou que o incômodo era natural após a cirurgia. Foi somente três dias depois, com as reclamações se tornando cada vez mais frequentes, que a equipe profissional deu ouvidos à Maria Helena, enviando-a para o Hospital Municipal de Morrinhos, onde foi submetida a exames e, posteriormente, transferida para o Hospital de Urgência de Goiânia (Hugo).
Na capital, ela foi imediatamente encaminhada ao centro cirúrgico, onde os médicos constataram que ele estava com a artéria femural completamente destruída.
“A médica foi e falou para mim que ela precisava urgentemente fazer amputação do membro, porque a perna dela estava morta devido por conta da retirada da artéria. E que eu teria que assinar o termo de responsabilidade, se não ela perderia a vida”, contou Elias Mario, filho de Maria Helena, em entrevista ao G1.
Sem alternativas, a amputação do membro foi autorizada pela família, com a vítima recebendo alta no dia 17 de fevereiro. Tanto ela, quanto os parentes, querem justiça e já levaram o caso até as autoridades, que inclusive já foi registrado na Polícia Civil (PC).