Seletividade alimentar: especialista explica condição de influencer anapolino que viralizou

Bomtalvão chamou atenção após registrar a primeira vez que experimentou diversas comidas típicas de Goiás

Samuel Leão Samuel Leão -
Influencer viralizou ao mostrar a reação experimentando os alimentos. (Foto: Reprodução)
Influencer viralizou ao mostrar a reação experimentando os alimentos. (Foto: Reprodução)

O influencer Lucas Montalvão, conhecido como ‘Bomtalvão’, viralizou nas redes sociais após gravar um vídeo no qual experimenta diversos pratos típicos de Goiás, como galinhada com pequi, empadão goiano e caldo de piranha, revelando que tem uma condição chamada seletividade alimentar.

Ao Portal 6, a médica Isabelle Moreira, pós-graduada em Nutrologia, explicou que as causas para tal quadro, que é mais comum em crianças, pode acompanhar também a vida adulta do indivíduo.

“O paciente pode ter preferências sensoriais, com sensibilidade a texturas, cheiros, cores e sabores, ou ter tido experiências negativas com determinados alimentos, como engasgos ou a ingestão forçada, o que pode gerar uma seletividade”, apontou.

Segundo a especialista, as causas podem ser diversas, desde fatores emocionais, ambientais e até de saúde. A exemplo do influencer, que não come pequi, diversas pessoas possuem “traumas” ou não foram apresentados devidamente aos alimentos.

“Os hábitos alimentares da família e culturais podem proporcionar tal condição, assim como algumas questões psiquiátricas. O transtorno do espectro do autismo, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e outros também podem estar associados a uma maior incidência da seletividade alimentar, além dos genéticos”, explicou.

Ela relembrou que tudo começa na amamentação correta, sendo seguida da oferta de alimentos variados na primeira infância. É necessário apresentar comidas diversas e utilizar estratégias para inseri-las, evitando formas punitivas de educar a criança.

“O tratamento envolve uma abordagem multidisciplinar, muitas vezes com vários profissionais colaborando, como nutricionistas, psicólogos e médicos. Assim, é analisado o consumo de nutrientes do paciente, quais seriam as possíveis causas ou traumas a serem tratados, e também são descobertos problemas de saúde causados pela seletividade”, finalizou.

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