Justiça aceita denúncia do MPGO e fisiculturista vira réu por morte de companheira
Vítima ficou 10 dias em estado gravíssimo, até ter a morte confirmada em decorrência das agressões
O fisiculturista Igor Porto Galvão, de 31 anos, se tornou réu, nesta quinta-feira (30), pelo assassinato da companheira, Marcela Luíse, em Aparecida de Goiânia.
A denúncia, acatada pela Justiça, foi formalizada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), que concluiu que a história apresentada pelo homem, de que a vítima havia se machucado em decorrência de uma queda, não condizia com as diversas lesões encontradas em Marcela.
Ela apresentava oito costelas quebradas; a clavícula fraturada; hematomas na boca; nos olhos e coxas; uma hemorragia na cabeça, causada por traumas em três partes do crânio; e ainda teve tufos de cabelo arrancados.
Marcela passou 10 dias internadas em coma e em estado gravíssimo, até ter o óbito confirmado.
De acordo com o promotor de Justiça Milton Marcolino dos Santos Júnior, o crime ainda foi cometido de forma cruel, visto que foi negada possibilidade de defesa por parte da vítima e que ainda se enquadra na Lei Maria da Penha.
O promotor destacou que a relação de nove anos entre o denunciado e Marcela foi marcada por agressões físicas, verbais e psicológicas e traições por parte de Igor.
Após a última violência, e visando se eximir da culpa, o fisiculturista teria dado banho na vítima e, já com ela desfalecida, a levado até um hospital, alegando que ela tinha sofrido uma queda enquanto passava pano em casa.
Igor está preso desde o dia 17 de maio, em caráter preventivo, dado em conta o histórico agressivo que possuía não apenas com a vítima, mas também com outras ex-companheiras.