Lar de idosos em Anápolis convive com medo diário após série de roubos

Vice-presidente da associação contou que o espaço já foi invadido inúmeras vezes e teme pela segurança dos internos

Davi Galvão Davi Galvão -
Câmeras de segurança registraram o momento da invasão. (Foto: Reprodução)

É com medo e apreensão que os funcionários e pacientes do Lar do Ancião (O Caminho), casa de repouso para idosos localizada nas Chácaras do Colorado, bairro da região Norte de Anápolis, vivem diariamente, com o local sendo alvo de reiterados assaltos, em um cenário que parece não ter uma solução fácil.

No episódio mais recente, ocorrido na madrugada desta segunda-feira (10), o espaço foi invadido por um indivíduo encapuzado, que foi flagrado por câmeras de segurança do local tentando arrombar portas e cadeados.

Desta vez, nenhum item de valor foi roubado, apenas um cobertor e alguns apetrechos de decoração, mas a sensação de insegurança permanece.

Foi como afirmou ao Portal 6 a vice-presidente da associação Lar do Ancião, Marlene Neves Vaz, de 69 anos. Para a representante, não é a possibilidade de perder bens materiais que a incomoda, mas sim o que pode acontecer com internos e funcionários.

“Coisas assim, relógio, um rádio, um livro que os idosos gostam, eles podem até achar ruim se sumir, chorar, ficarem tristes, mas a gente faz o possível para comprar de novo. Mas agora, e se alguém entrar e resolver machucar eles, estuprar alguma idosa? Esse sim é meu medo”, comentou.

A vice-presidente contou que procurou as autoridades e registrou um boletim de ocorrência na delegacia, mas que, até agora, seguem sem nenhum suspeito.

Ela ainda relembrou que essa não é a primeira vez que uma invasão do tipo ocorre. No começo do ano, entraram nas instalações e roubaram uma bicicleta. Anteriormente, na pandemia, também levaram cinco botijões de gás.

Esses são apenas alguns dos exemplos, mas Marlene garantiu que, nos mais de 40 anos do Lar do Ancião, já perdeu as contas de quantas vezes o local lidou com problemas do tipo.

“Dessa última vez, eu falei com o policial e ele falou que aqui no entorno realmente tem pouco policiamento, mas e aí, a gente faz o que com isso? Notificar toda vez e esperar a próxima?”, questionou, por fim.

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