Histórico: preso após decepar mão de ex em Anápolis já tinha diversas passagens pela polícia

Desde 2019, quando ainda estava em um relacionamento com a vítima, ele a persegue e agride recorrentemente

Samuel Leão Samuel Leão -
Histórico: preso após decepar mão de ex em Anápolis já tinha diversas passagens pela polícia
Imagem mostra momento em que homem é preso. (Foto: Reprodução)

Na noite de quinta-feira (24), moradores do bairro São Jerônimo foram surpreendidos por um crime brutal, praticada por um homem contra a ex-esposa. O suspeito teria decepado a mão da mulher e também efetuado golpes de facão contra os braços, fugindo e se escondendo em um lote baldio em seguida. Apesar dessa brutalidade ter sido “inesperada”, o autor das agressões já apresentava comportamento violento há alguns anos.

Isso porque, desde 2019, quando ainda estava em um relacionamento com a vítima, ele a persegue e agride recorrentemente. O casal tem dois filhos, que já testemunharam algumas das agressões do pai ante a mãe.

Poucos dias atrás, no último sábado (19), ele teria ido até o trabalho dela e a ameaçado, intimidações que ocorriam também pelas redes sociais. Na data, policiais constataram que a medida protetiva conseguida pela mulher já havia sido revogada, a deixando “desguardada”.

Agosto de 2019

Ele teria tomado o celular da parceira, alegando estar sendo traído e buscando provas que evidenciassem o ato. Quando a mulher retrucou, afirmando não ser verdade, ele a agarrou pelo pescoço, a enforcando a ponto de sufocar.

Com muito custo, ela conseguiu se desvencilhar e fugiu pela janela da residência, conseguindo alcançar os policiais, que haviam chegado. Ao se deparar com os militares, o homem teria os chamando de “policinhas de merda”.

Setembro de 2021

Era noite quando a Polícia Militar (PM) foi acionada por um vizinho, que teria visto o homem agredindo a esposa. Quando a guarnição chegou ao local, o conflito já tinha se dissipado e a mulher afirmou que nada ocorria, optando por não representar criminalmente.

Outubro de 2022

Após passarem por um término, a vítima precisou acionar a Polícia Militar (PM) para acompanhá-la enquanto ela retirava os próprios pertences da residência do ex-companheiro. Apesar da necessidade de escolta, durante a ação não houve nenhum conflito.

Novembro de 2022

Desta vez, ele foi até a residência dela, onde a mulher estava com a irmã e os dois filhos, e bateu forte no portão. De dentro da casa, elas ouviram as ameaças “vou te matar” e, ao abrirem o portão, o homem adentrou o imóvel e partiu para cima dela, efetuando uma mordida no braço, que deixou marcas.

Na sequência, ele tomou os filhos, um de 5 anos e outro de 7, demonstrando a intenção de levá-los. Apesar da ação, ao perceber que a irmã da vítima havia chamado a PM, resolveu fugir do local e deixou para trás as crianças, não sendo encontrado.

19 de outubro de 2024

Apenas cinco dias antes de cometer o crime bárbaro contra ex-esposa, ele teria ido ao local de trabalho dela para ameaçá-la, batendo na porta e pedindo para falar com ela. Ela acionou a Polícia Militar (PM) e relatou as intimidações recorrentes, feitas por ele via WhatsApp, indo até a porta da casa dela e de outras formas.

Ao checar o sistema, a guarnição constatou que a medida protetiva, que ela possuía contra ele, teria sido revogada. Apesar do apoio prestado, quando os militares chegaram, o suspeito já não estava mais no local

Em tempo

Após dar vários sinais das intenções violentas, ele consumou as ameaças na noite de quinta-feira (24), a seguindo de carro quando ela transitava em um moto de aplicativo. Em dado momento, ele bateu contra o veículo e a derrubou no chão, partindo para cima em seguida.

A partir daí, ele desferiu violentas agressões, deixando a mulher gravemente ferida, com as mãos e um braço amputados, e fugiu pela região do bairro São Jerônimo. Posteriormente, foi encontrado por policiais e moradores, escondido em um lote baldio, com os pulsos cortados, mas ainda com vida.

Ele foi preso e está à disposição do Poder Judiciário. O caso deverá agora ser investigado pela Polícia Civil (PC).

 

 

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