Execução de instrutor de tiros em Aparecida de Goiânia teria sido encomendada pelo Comando Vermelho

Polícia Civil acredita que o CV tenha suspeitado que a vítima repassou informações a PM acerca de um carregamento de armas, que foi apreendido

Davi Galvão Davi Galvão -
Execução de instrutor de tiros em Aparecida de Goiânia teria sido encomendada pelo Comando Vermelho
Instrutor de clube de tiro foi assassinado dentro de posto de combustível, em Aparecida de Goiânia. (Foto: Reprodução)

A Polícia Civil (PC) acredita que a execução do instrutor de clube de tiro, Danilo de Castro Sahium, de 32 anos, morto a tiros dentro de um posto de combustível, em Aparecida de Goiânia, tenha sido encomendada pelo Comando Vermelho.

As informações, apuradas pelo O Popular, apontam que a facção suspeitasse que a vítima tenha sido responsável por repassar informações comprometedoras à Polícia Militar (PM), que levaram a apreensão de um carregamento de armas, em julho, um mês antes do assassinato. Dentre o arsenal, estavam fuzis AK-47 e pistolas de uso restrito, além de munições e carregadores, que saíram de Goiás com destino ao Rio de Janeiro.

O inquérito, elaborado pela PC, não diz ao certo como Danilo sabia do carregamento, mas concluiu que, na noite após a apreensão, o instrutor ficou em um quartel da PM.

O Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Aparecida de Goiânia também apurou que a vítima estava envolvida no comércio de armas, tanto para CAC’s quanto para policiais, algumas, inclusive, com numeração suprimida.

Nesse período, logo após a apreensão, um amigo da vítima também teria sido emboscado por criminosos armados, que o levaram para o Vale das Pombas, na estrada para Bela Vista e chegaram a atear fogo no carro em que ele estava. Após isso, o liberaram, mandando que corresse e chegaram a disparar algumas vezes, para assustá-lo.

A emboscada

Conforme as investigações do GIH, o planejamento para a execução de Danilo teria começado ainda no final de julho, mesmo mês no qual o arsenal foi apreendido pela PM.

O inquérito aponta que membros faccionados já estariam vigiando locais nos quais a vítima possivelmente estaria, repassando as informações para os superiores.

No dia da execução, os criminosos sabiam que a motocicleta da vítima estaria no posto de combustível, pois ficava próximo ao estabelecimento da família de um dos investigados.

Assim, os suspeitos passaram a vigiar o local e, quando Danilo retornou de uma viagem, indo recolher a motocicleta, três homens armados já estavam no local, atingindo-o com ao menos 18 disparos.

Até o momento, seis pessoas respondem pelo crime, entre elas Jackton Fabriny Freitas Medeiros, de 27 anos, apontado como mandante, embora a PC não descarte a possibilidade de que a ordem tenha partido de escalões acima.

Jackton e outros quatro foram denunciados nesta quinta-feira (14) por homicídio doloso com três qualificadoras. Além disso, o sexto acusado, ainda adolescente, tem o processo tramitando de forma separada. As autoridades seguem analisando o caso.

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