Detalhes: médico preso em Anápolis aproveitava visitas semanais para abusar de filha de 4 anos
Ao Portal 6, delegado Julio Cesar Arana Vargas explicou que o casal era separado e o pai visitava a garotinha semanalmente em Mineiros
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Foi preso nesta quarta-feira (26), um médico residente em Anápolis suspeito de abusar sexualmente da própria filha, de 04 anos de idade, enquanto visitava a criança, em Mineiros, no Sudoeste goiano.
As investigações se iniciaram a cerca de 30 dias, após a garotinha relatar a mãe que havia sido tocada pelo pai. Diante disso, a mulher procurou a Delegacia de Proteção à Mulher (Deam), que iniciou o inquérito.
Ao Portal 6, o delegado Julio Cesar Arana Vargas, titular da Deam de Mineiros, explicou que os pais da vítima são separados e o homem viajava constantemente para Mineiros para pegar a filha, exercendo o direito de visita semanalmente.
Assim, após um destes encontros, a menina teria ficado com vermelhidões nas partes íntima, situação que levou mãe a questioná-la pelo ocorrido, momento que a vítima explicou que havia sido o pai.
“A mãe ficou muito assustada e resolveu encaminhar a criança a um médico na segunda-feira seguinte [após o pai devolvê-la no domingo]. O médico então realizou um exame e percebeu que havia realmente uma pequena alteração que era indicativo de um possível ato libidinoso. A partir daí a mãe procurou a delegacia especializada”, explicou o delegado.
A Polícia Civil (PC) então abriu um inquérito onde ouviu várias testemunhas que apresentaram informações sobre a relação da família, incluindo o próprio pai, que também foi ouvido.
“Ele negou os fatos, que realmente não teria praticado o crime, uma série de negativas. No depoimento, ele criou algumas lacunas e contradições, que foram realmente esclarecidas durante a investigação”, pontuou.
Com o relatório médico já confeccionado, a Deam então solicitou prisão preventiva contra o homem, que logo foi cumprida em Anápolis, onde ele mora.
“Ele provavelmente deve ser submetido a uma audiência de custódia nesta quinta-feira (27), para que haja a deliberação da manutenção ou não da prisão. Se houver necessidade dessa prisão ser mantida, ele vai aguardar outros andamentos por parte do Poder Judiciário”, finalizou.
Conforme o delegado, caso seja condenado, o médico pode pegar de oito a 15 anos de reclusão.