Falso relato de “socorro a bebê reborn“ em Goiânia viralizou até em grupos da PM

Texto com riqueza de detalhes contém referências que só boletins de ocorrência costumam ter e ganhou o WhatsApp por conta do desfecho da “história”

Da Redação Da Redação -
Falso relato de "socorro a bebê reborn" repercutiu em Goiânia.
Falso relato de “socorro a bebê reborn” repercutiu em Goiânia. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O relato de uma falsa ocorrência policial de “socorro a um bebê reborn“, que supostamente estaria engasgando em Goiânia, gerou dúvidas e causou repercussão, após viralizar até mesmo entre grupos da Polícia Militar (PM), nesta quarta-feira (21).

Isso porque o texto apresentava riqueza de detalhes, fazendo referências que só boletins de ocorrência costumam ter.

A mensagem, transmitida pelo WhatsApp, chega a mencionar o nome de policiais supostamente envolvidos, bem como de um médico que teria participado da ocorrência.

O relato também cita o local do atendimento e qual seria a natureza do chamado: um “atendimento atípico – análise de possível dano a objeto (boneco reborn)“, como é descrito no texto.

Apesar das semelhanças, o Portal 6 apurou que o conteúdo da mensagem é falso – e apresenta diversas inconsistências em comparação a ocorrências que são, de fato, verdadeiras.

Entre os pontos que chamam atenção no texto repercutido, está o nome escolhido para o médico que atende à família mencionada: Chuck, como o boneco inspirado em filmes de terror.

Entenda a história

A falsa ocorrência envolveria, segundo a mensagem, “um possível bebê em situação de engasgo”. Na história contada, os policiais foram até o local acreditando se tratar de uma criança real, mas se depararam com um boneco reborn.

Com aparência ultrarrealista, o brinquedo teria até mesmo nome: Ravi. O relato dos supostos pais seria de que o “bebê” apresentava sinais de engasgo, disfunção intestinal e urinária.

Durante a “análise visual”, entretanto, as autoridades teriam notado outra coisa: “marcas incomuns na região íntima do boneco”. Esses seriam, supostamente, sinais de dano físico intencional.

O relato falso menciona, então, a nota fiscal de aquisição, diz que é levantada a hipótese de defeito de fabricação, e explica que o brinquedo ainda está no período de garantia.

Em seguida, atribui “deficiência intelectual leve” aos supostos pais, mencionando, inclusive, um laudo assinado por profissional.

A “ocorrência” (mentirosa) finaliza pedindo que seja avaliada a necessidade de “acompanhamento psicológico ou social dos pais de Ravi”.

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