Comércio do Centro de Anápolis sofre com falta do transporte público: ‘sem ônibus, sem clientes’

Portal 6 esteve no setor na tarde desta segunda-feira (30) para conversar com os comerciantes

Paulo Roberto Belém Paulo Roberto Belém -
Comércio do Centro de Anápolis sofre com falta do transporte público: ‘sem ônibus, sem clientes’
Rua Engenheiro Portela, região central de Anápolis (Foto: Paulo Roberto Belém/Portal 6)

Personagens da área comercial, que vivem o Centro de Anápolis diariamente, são unânimes ao destacar que a paralisação do transporte público na cidade prejudicou as vendas nesta segunda-feira (30).

O Portal 6 foi à região nesta tarde. Em uma loja da Rua Engenheiro Portela, especialista em confecções, Cristina Ribeiro relatou que a dificuldade começou cedo e de forma “caótica”. “Sem ônibus, paguei R$ 18 numa corrida que valia R$ 11, no máximo”, disparou.

Sobre a movimentação na loja, apesar de destacar que não é fomentada integralmente por quem usa o ônibus, disse que prejudica. “Uma queda significativa de pelo menos 40% de consumidores aqui”, citou.

Na rua de cima, a General Joaquim Inácio, Flávia Teixeira vende enxovais. Ela também confirmou a baixa no fluxo de clientes: “Por ser uma segunda e final de mês, era para ser bem melhor, caiu bastante”.

A vendedora ainda qualificou quem não foi ao comércio. “A maioria dos aposentados começa a receber no fim do mês e deixaram de vir porque muitos dependem do ônibus”, constatou.

Faz Falta

Laílson Moreira de Queiroz é vendedor ambulante de frutas, ficando estacionado no cruzamento das ruas Barão do Rio Branco e 15 de Dezembro é enfático.

“Faz falta. Coletivo parou, para o Centro também”, entende.

Ambulante entende que comércio para com falta do transporte público (Foto: Paulo Roberto Belém/Portal 6)

Ele disse que depende exclusivamente das pessoas que passam pela banca. “Se o povo não vem para a rua, não vendo nada”, arrematou.

Em tempo

O transporte público em Anápolis não funcionou nesta segunda-feira (30) por uma ação sindical que reivindica melhorias para a categoria, principalmente relacionada a reajustes salariais.

Durante a paralisação, Prefeitura e Urban disseram não terem sido informadas sobre o assunto, sendo que uma reunião de emergência foi convocada no Centro Administrativo.

Do encontro, o prefeito Márcio Corrêa chegou a citar a possibilidade de rescindir o contrato com a concessionária do transporte público Urban, caso o sistema não seja restabelecido.

Ainda não há informação sobre o retorno das operações dos ônibus. A expectativa é que uma decisão judicial para o retorno de parte do trasporte ocorra ainda nesta segunda.

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