Conselho Tutelar e PM em Anápolis desmantelam esquema de exploração sexual infantil após criança denunciar mãe

Suspeita é de que a mãe da criança tinha não só tinha ciência como até mesmo facilitava os abusos contra a filha, de apenas oito anos

Davi Galvão Davi Galvão -
‘Vou pular seu muro e te dar um tiro’: mãe de bebê em Anápolis denuncia ex com ficha criminal após ameaças de morte
Imagem ilustrativa de viatura da Polícia Militar de Goiás (PMGO). (Foto: Reprodução)

O Conselho Tutelar, em parceria com a Polícia Militar (PM), desmantelou um esquema de prostituição infantil envolvendo uma criança de apenas oito anos, que ocorria em um posto de combustíveis de Anápolis, na noite desta segunda-feira (07). A suspeita é de que a mãe da menor autorizasse a até facilitasse o abuso contra a filha, que estaria sendo cometido por caminhoneiros.

Por meio de uma denúncia anônima, o Conselho Tutelar compareceu ao posto, localizado no bairro Jardim Alvorada, às margens da BR-060, e encontrou a mãe das crianças no banheiro, dando banho na pequena, bem como na irmã, de apenas um ano e oito meses.

Em entrevista ao Portal 6, o presidente do Conselho Tutelar Leste e responsável pelo caso, Gleidson Ferreira Botelho, destacou que a família aparentava estar “morando” nas imediações do posto, com uma mesa posta e diversas malas espalhadas, ao relento.

Ele contou que ao realizar a abordagem, encontrou dificuldade para conseguir a documentação das crianças, momento este no qual alguns caminhoneiros que estavam nas proximidades se aproximaram na tentativa de desestimular a atuação do profissional.

“A gente já tinha o conhecimento de que alguns caminhoneiros poderiam estar praticando os abusos, então acendeu mais um alerta quando eles chegaram e falaram que o Conselho precisava ir embora, que a gente não tinha autoridade para tirar as crianças de lá. Então, até para resguardar a nossa segurança e principalmente das menores, acionamos a PM”, contou.

Assim que os policiais chegaram, foi possível dar prosseguimento a abordagem, sendo que, junto aos militares, a criança de oito anos, que estaria sendo abusada, revelou, em detalhes, todas as práticas as quais havia sido submetida, chegando a apontar em quais caminhões teria sido violentada.

“Chamou a atenção que mesmo descrevendo tudo o que estava acontecendo, ela ainda insistiu que a mãe não fosse penalizada ou sofresse qualquer mal. Segundo ela, os caminhoneiros diziam que se ela falasse algo, era a mãe quem iria pagar o preço”, contou.

Diante dos fatos, as crianças foram encaminhadas ao Instituto Médico Legal (IML) e seguem sob a tutela do Estado. Ainda não há informações sobre quem ficará responsável por elas após as diligências.

O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil (PC), que irá apurar os responsáveis pelos abusos, bem como o grau de leniência da mãe.

Gleidson reforçou sobre a importância do apoio da população no combate à prostituição infantil, destacando ser um dever de todos atuar ativamente contra a prática.

“A gente ressalta a importância da denúncia, que em regra é feita de forma anônima e não há necessidade de o denunciante tenha certeza do fato, basta a suspeita. Aqui na cidade essa denúncia pode ser feita na PM pelo 190, na PC pelo 197 ou no Conselho Tutelar, pelo 98596-7562, 99918-7220 ou 98596-7556”, finalizou.

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