Caminhoneiros já foram ouvidos em caso de prostituição infantil em Anápolis; PC não vê indícios de abuso

Vítima ainda não prestou depoimento, mas segue sob a tutela do Conselho Tutelar

Davi Galvão Davi Galvão -
Fachada da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente de Anápolis. (Foto: Divulgação)
Fachada da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente de Anápolis. (Foto: Divulgação)

Pouco mais de 24h após a suspeita de caminhoneiros terem abusado sexualmente de uma criança de 8 anos em um posto de combustível em Anápolis, a Polícia Civil (PC) ouviu os três suspeitos do crime, assim como a mãe da menor. Inicialmente, os indícios não apontam a ocorrência de abuso.

Em entrevista ao Portal 6, o delegado Tibério Martins, a frente das investigações, destacou que os suspeitos foram ouvidos na delegacia e, até o momento, a história sustentada é que a mãe das crianças estava viajando, rumo à Bahia.

Os caminhoneiros afirmaram que só tinham a intenção de ajudar a família a completar a viagem, chegando a comprar comida e a bancar a estadia delas em uma pousada, organizando até uma vaquinha para tal. Todos negaram de forma contundente qualquer tipo de contato sexual com a menor.

“Os depoimentos são muito convergentes, claros […] Para a polícia, até o momento, não existe nenhum indício forte que tenha ocorrido abuso”, pontuou.

A mãe da menor confirmou a versão apresentada pelos caminhoneiros.

Conforme destacado pelo delegado, o exame de corpo de delito na menor não constatou qualquer indício apontando penetração ou sinais de abusos, antigos ou recentes.

Porém, o delegado também pontuou que o exame não é uma prova cabal de que não houve violência sexual, apenas de que não foi possível visualizar marcas decorrentes de uma eventual prática.

Vale pontuar que o conselheiro tutelar que acompanhou o caso atestou que a criança, ainda nas dependências do posto, teria descrito aos policiais militares os episódios de abuso que teria sido submetida, chegando a apontar os suspeitos, bem como em quais caminhões os fatos teriam ocorrido.

Próximos passos

A criança ainda não foi ouvida pelas autoridades em uma oitiva formal, mas está sendo acompanhada por uma equipe multiprofissional e segue sob a tutela do Conselho Tutelar, que está tentando encaminhá-la par a casa de um familiar em Acreúna.

Assim que o depoimento da menor for colhido, a PC analisará eventuais novas evidências que forem apresentadas e poderá dar continuidade ao caso.

Confira a nota do Conselho Tutelar sobre o caso, na íntegra:

O Conselho Tutelar informa que, diante do atendimento prestado todos os protocolos legais e técnicos voltados à proteção de crianças e adolescentes foram rigorosamente seguidos. As vítimas receberam o acolhimento adequado, com os encaminhamentos às redes de proteção e suporte, conforme prevê a legislação vigente. Ressaltamos que, por se tratar de menores, e em respeito aos seus direitos à privacidade e à preservação de sua integridade, não serão divulgados detalhes do caso, conforme estabelece o dever legal de sigilo.

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