ONG cobra investigação contra caminhoneiros acusados de abusar de crianças em Anápolis

Em entrevista ao Portal 6, delegado responsável pelo caso afirmou não haver indícios que remontem a uma violência sexual

Davi Galvão Davi Galvão -
Samuel Rolindo é presidente da ONG Instituto Family, que combate a violência sexual contra menores. (Foto: Redes Sociais)
Samuel Rolindo é presidente da ONG Instituto Family, que combate a violência sexual contra menores. (Foto: Redes Sociais)

O presidente e fundador da ONG Instituto Family publicou um vídeo nas redes sociais tecendo críticas ao andamento da investigação da Polícia Civil (PC) quanto a um possível caso de prostituição infantil que teria ocorrido em um posto de combustíveis, em Anápolis.

Como noticiado em primeira mão pelo Portal 6, o Conselho Tutelar foi acionado nesta segunda-feira (07), através de uma denúncia anônima, para averiguar o caso de uma menina de apenas oito anos que estaria sendo abusada por caminhoneiros, em um posto às margens da BR-060, inclusive com o aval da mãe.

No vídeo, o presidente da ONG, Samuel Rolindo, critica a apuração inicial da PC, que não viu indícios de que algum tipo de abuso teria ocorrido.

Em especial, ele critica o entendimento de que a falta de sinais e marcas indicando penetração implicaria na não existência de abusos.

Vale destacar que o atual delegado a frente das investigações, Tibério Martins, confirmou em entrevista à reportagem que de fato ainda não há indícios que apontem para uma violência sexual.

Porém, o próprio delegado reconhece que o fato do laudo do Instituto Médico Legal (IML) não apresentar sinais de abuso não implica em necessariamente dizer que o crime não ocorreu, uma vez que há práticas sexuais que não deixam marcas.

Depoimento da vítima

No vídeo, o presidente da ONG ainda levanta a questão de que a menor teria chegado a descrever as ações praticadas contra ela, bem como reconheceu quais caminhões os crimes teriam ocorrido. Justamente por conta disso, ele questiona o entendimento da PC, bem como o porquê de a criança ainda não ter sido ouvida em uma oitiva formal.

“Ouviram os suspeitos e a mãe, mas a vítima continua silenciada pelo próprio sistema que devia protegê-la. O Brasil não pode continuar desacreditando nas suas crianças […] Quando o Estado ignora um relato de abuso, ele não apenas falha, ele violenta de novo”, finalizou.

A PC pontuou que está ciente do teor do relato da criança, uma vez que foi repassado pelo Conselho Tutelar e confirmou que os suspeitos e a mãe da criança foram ouvidos e liberados. Porém, destacaram que a menor ainda será ouvida, uma vez que a equipe multidisciplinar que a acompanha autorizar a oitiva.

Apesar de reconhecer a leniência do processo, o delegado reforçou que, por se tratar de um caso sensível envolvendo menores, é importante que a vítima seja ouvida, idealmente, uma única vez, para evitar reviver o trauma e apenas quando liberada pela equipe de apoio psicológico.

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