“Virou um lixão a céu aberto”, denunciam comerciantes sobre área do Centro de Anápolis onde corpo foi encontrado
Região escancara acúmulo de lixo e insegurança, segundo moradores e lojistas


“Isso aqui virou um lixão a céu aberto. A gente denuncia, pede providência, mas nada muda.” O desabafo é de um comerciante da avenida Amazílio Lino, no Centro de Anápolis, onde o abandono salta aos olhos de quem passa.
Às margens do Córrego Góis, uma área que deveria ser de preservação ambiental virou ponto de descarte de entulho, móveis velhos, sacolas plásticas e todo tipo de resíduo.
A situação, embora antiga, ganhou ainda mais visibilidade na última quinta-feira (25), quando um corpo carbonizado foi encontrado no terreno.

Lixo acumulado nos arredores da Amazílio Lino. (Foto: Samuel Leão)
Segundo moradores e lojistas, a degradação do espaço não é novidade. A presença constante de pessoas em situação de rua, aliada à ausência de fiscalização, fez o local se transformar em um ponto crítico de insegurança e insalubridade.
“É um problema antigo. Agora que acharam um corpo, todo mundo finge surpresa, mas isso aqui já estava largado fazia tempo”, relata outro morador da região.
Com o período de chuvas se aproximando, o risco ambiental aumenta. O lixo acumulado pode ser arrastado para dentro do córrego e seguir contaminando outros trechos da cidade.
A área está situada em faixa de mata ciliar, protegida por lei, o que agrava ainda mais a situação.
A coluna Rápidas entrou em contato com a Prefeitura de Anápolis, que emitiu a seguinte nota de esclarecimento:
A Prefeitura de Anápolis informa que está realizando um levantamento completo das áreas públicas que atualmente se constituem como pontos de descarte clandestino de resíduos. A administração está avaliando orçamentos para a implementação de medidas como cercamento desses locais, instalação de placas e adequação de câmeras de monitoramento para coibir essa prática.
O descarte de resíduos deve seguir os procedimentos estabelecidos pela Prefeitura. Resíduos da construção civil e massa verde (como podas de árvores) devem ser destinados ao aterro sanitário. Já o lixo domiciliar é recolhido regularmente por meio da coleta convencional feita pelos caminhões compactadores.
Todo descarte realizado fora desses parâmetros é considerado clandestino e está sujeito a penalidades.