Polícia Civil conclui inquérito sobre garota de programa assassinada em Anápolis
Vítima foi morta por quatro tiros, sendo na cabeça, mão, tórax e ombro


A Polícia Civil (PC) concluiu o inquérito que apurava o caso da garota de programa Samylla Morais, de 27 anos, que foi morta a tiros em Anápolis. A vítima foi encontrada sem vida no dia 18 de julho, e o suspeito foi preso um dia após o crime.
Ao G1, o delegado responsável pelo caso, Cleiton Lobo, afirmou que o suposto autor chegou a ser filmado buscando a vítima minutos após ela ter sido localizada morta. Questionado durante o interrogatório, ele optou por ficar em silêncio.
Troca de mensagens
Conforme divulgado anteriormente pelo Portal 6, mensagens trocadas entre a vítima e o suspeito mostram o momento em que o suposto autor chama Samylla na DM do Instagram e conta detalhes de sua vida, dizendo ser paraense e que mora há 17 anos no município.
“Larguei da mulher uns tempos aí. [Estou] meio carente e tal, aí tipo, ia ver com você porque sempre tive vontade, sabe? De algo diferente. Como podemos fazer? Não quero incomodar você, quando puder, me responde, tá?”, escreveu.
Posteriormente, Samylla envia o contato do WhatsApp, mas, mesmo assim, o homem ainda manda um “oi” e chega a ligar para ela duas vezes.
O delegado afirma que os prints foram encontrados em um celular antigo da vítima e que ambos continuaram a conversa por outro aplicativo de mensagens. O celular atual de Samylla não havia sido localizado até a conclusão do inquérito.
Em um dos prints, consta que ambos teriam feito uma ligação às 18h26. Mais de uma hora depois, o carro do suspeito foi visto buscando a vítima, às 19h34. Ela foi encontrada morta pouco mais de 30 minutos depois.
Conclusão
Imagens registradas por câmeras de monitoramento permitiram que a Polícia Militar localizasse e prendesse o suspeito um dia após o ocorrido.
Na residência dele, foram encontradas munições e uma camisa com uma pequena mancha de sangue. Samylla foi morta por quatro tiros, sendo na cabeça, mão, tórax e ombro.
Porém, um exame cadavérico concluiu que o calibre das munições utilizadas contra a vítima (calibre 38) e os encontrados na casa do homem (calibre 32) são diferentes.
O inquérito ainda aponta que a garota de programa enviava mensagens e expunha clientes nas redes sociais que deviam dinheiro a ela, o que poderia ter criado inimizades. No entanto, não há indícios de que o suspeito tenha sido exposto pela vítima. A motivação do crime e a suposta participação de outras pessoas ainda não foram confirmadas.
O suspeito foi indiciado por homicídio qualificado. Agora, a polícia aguarda um laudo após a camisa com a mancha de sangue ser enviada para análise. O documento referente ao inquérito foi encaminhado ao Ministério Público.
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