Goiás aposta em terras raras e ouro para atrair multinacionais

Mineração promissora no estado já mostra resultados internacionais, mas ainda tem muito a ser explorado

Natália Sezil Natália Sezil -
Mineração de ouro realizada pela AngloGold Ashanti no Brasil. (Foto: AngloGold Ashanti)
Mineração de ouro realizada pela AngloGold Ashanti no Brasil. (Foto: AngloGold Ashanti)

Em meio ao interesse crescente pelas terras raras, outro mineral já muito conhecido e encontrado em abundância no território goiano também se destaca. O ouro tem atraído cada vez mais atenção internacional.

A atuação de multinacionais na mineração de Goiás não é novidade – mas se torna cada vez mais um plano promissor, à medida que gigantes estrangeiras tentam ampliar ativos no setor.

Com a centralização e a internacionalização crescentes, o que se encontra no cenário é um “novo ciclo do ouro”, que se valoriza com a crise global e se extrai em quantidades impressionantes.

Um exemplo disso é a Mineração Serra Grande (MSG), que atua em Crixás com três minas subterrâneas mecanizadas e uma mina a céu aberto, produzindo o estimado em 2,5 toneladas de ouro por ano.

Para se ter noção de quanto vale o local, a negociação entre a AngloGold Ashanti, antiga proprietária, e a Aura Minerals, nova mineradora responsável, foi na casa de US$ 76 milhões – valor que ultrapassa R$ 400 milhões.

Oficializada em junho, a transação deve ser concluída no terceiro trimestre de 2025. O contrato define que não passe do quarto trimestre.

Mineração de terras raras

Além da Serra Grande, outros nomes se destacam – desta vez com foco especial nas terras raras, que já entraram na mira do Japão e dos Estados Unidos.

A mineradora Serra Verde, por exemplo, começou a operar em Goiás no início de 2024, quando se instalou em Minaçu, no Norte do estado.

Já a Aclara Resources transformou Nova Roma, na região Noroeste, em agosto do mesmo ano. Os investimentos atraídos, logo no início, foram de R$ 2,8 bilhões.

Frente ao desenvolvimento da área, o Governo de Goiás trabalha desde maio de 2022 na criação do Plano Estadual de Recursos Minerais.

À época, o secretário de Indústria, Comércio e Serviços, Joel Sant’Anna, explicou que o documento abrange o horizonte de 2022 a 2042, viabilizando os estudos necessários para avançar nesse quesito.

“Com isso, vamos poder contribuir para a atração de novos investimentos, diversificar a base de produtos da mineração, elevar a competitividade do Estado e contribuir para a indústria goiana através do setor mineral, o que vai reduzir as desigualdades sociais”, afirmou.

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