Dono de supermercado mentiu sobre roubo e pediu para ser passivo, diz travesti após noitada em motel

Empresário buscou a Polícia Militar para prestar queixa, mas versão da garota de programa contradiz acusação

Davi Galvão Davi Galvão -
Garota de programa contestou as acusações do empresário. (Foto: Anapolis Notícias)
Garota de programa contestou as acusações do empresário. (Foto: Anapolis Notícias)

Após ser acusada por um empresário dono de supermercado em Anápolis de extorsão, agressão e possível intoxicação, uma travesti, que atua como garota de programa, negou todas as acusações e apresentou própria versão dos fatos, em entrevista concedida ao Anápolis Notícias.

O caso ocorreu na madrugada desta sexta-feira (08), no bairro Calixtolândia, e ganhou repercussão após o relato do empresário, que afirmou ter sido vítima durante um encontro, tendo sido enganado até mesmo sobre a identidade de gênero da profissional.

Segundo a travesti, o empresário já estava hospedado em um motel quando ela chegou, e outras pessoas já haviam passado pelo quarto.

Ela relatou que o homem consumia bebidas alcoólicas e usava drogas, e que foi contratada para prestar serviços, tendo combinado o pagamento adiantado, no valor de R$ 1.250 a hora.

Porém, o valor não teria sido pago, com o empresário “enrolando” e, passadas duas horas, a jovem relatou que não estava mais se sentindo a vontade, especialmente pelo fato de estar sendo coagida a também utilizar entorpecentes, ao que ela disse não ter aceitado, por não ser usuária.

Na hora do enfim pagamento, a garota de programa relatou que logo após passar o valor, ele rapidamente bloqueou a transação, o que a profissional contestou.

O empresário então teria deixado o celular como “garantia” e disse que iria voltar mais tarde para efetuar o pagamento. Porém, posteriormente ele relatou que não teria condições de pagar, mas que iria quitar a dívida em um momento futuro, de modo que o aparelho foi devolvido.

O cliente, porém, acionou a Polícia Militar (PM), alegando ter sido vítima de um grupo de travestis que teria levado o celular e R$ 1.800. O aparelho foi devolvido, mas o valor não foi recuperado.

Ele descreveu a travesti como “um loirão, alto, bonito, top de linha, mais bonito que minha mulher”, e afirmou que, ao vê-la, “perdeu a cabeça”.

Com relação a acusação de que ela supostamente teria enganado o empresário e escondendo a identidade de travesti, ela reforçou que o próprio cliente sugeriu que os papéis na relação fossem invertidos, o que descredibilizaria a versão.

O caso segue sendo investigado pelas autoridades.

 

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Davi Galvão

Davi Galvão

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás. Atua como repórter no Portal 6, com base em Anápolis, mas atento aos principais acontecimentos do cotidiano em todo o estado de Goiás. Produz reportagens que informam, orientam e traduzem os fatos que impactam diretamente a vida da população.

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