Anápolis é absolvido pela Justiça e não será rebaixado após jogar com 12 atletas em campo; entenda por quê
Guarani havia pedido anulação da partida pelo motivo, o que foi negado, por unanimidade

A Série C acabou para o Anápolis Futebol Clube, de fato, nesta sexta-feira (05), quando o Galo da Comarca ganhou uma ação no Superior Tribunal de Justiça (STJD) contra o Guarani. A equipe paulista havia pedido a anulação da partida ocorrida em 21 de julho, o que foi negado.
Na ocasião, o Tricolor da Boa Vista chegou a ter 12 jogadores em campo no Estádio Jonas Duarte por conta de uma substituição. João Celeri permaneceu em campo mesmo com a entrada de Igor Cássio, o que provocou a discussão no tribunal.
O Bugre alegou erro grosseiro na partida, incluindo que Celeri, inclusive, teria participado de uma jogada perigosa no campo de defesa da equipe paulista. O pedido de impugnação foi feito, mesmo com aquela partida terminado 2 a 0 para o Anápolis.
Entendimento
Foi pela linha do placar que o julgamento desta sexta foi pautado no STJD. Procuradoria e Relatoria não deixaram de citar que a infração à regra existiu, mas consideraram decisões passadas, em situações parecidas, para arrematar a questão envolvendo a partida em questão.

Imagem anexada pelo Guarani aos autos, mostrando os 12 jogadores do Anápolis em campo (Foto: Reprodução)
O entendimento foi de que, apesar do erro do juiz e dos 12 em campo, estes não influenciaram no resultado da partida. Nessa linha, a defesa do Anápolis fez uma longa explanação, pedindo que o resultado conquistado no jogo fosse respeitado.
Novo personagem
Entretanto, a disputa que envolvia o Guarani e o Galo ganhou um terceiro interessado: o CSA de Alagoas.
O clube iria ser diretamente beneficiado caso a partida fosse anulada, pois escaparia do rebaixamento. Por outro lado, se isso ocorresse, quem iria para a Série D seria o Anápolis.
A defesa do CSA insistiu no pedido de impugnação da partida, alegando que não poderia ser relativizado o erro da partida, considerado “grotesco”. Situação que foi endossada pela defesa do Bugre, em seguida.
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Também foram na linha de reforçar o pedido feito, mesmo considerando que a eventual anulação da partida colocaria o clube na outra chave da fase final da Série C, considerada “mais perigosa”.
Arremate
Eram então, considerando os clubes envolvidos na questão, dois contra o Anápolis no julgamento.
A “bola”, então, foi tocada, novamente, para a relatora do caso. No voto final, iniciou dizendo que estava alheia das discussões sobre o assunto repercutidos nas redes sociais, dizendo que estaria “fora delas”.
Assim, não teve novo entendimento após as alegações das defesas e manteve o que adiantou: o de que não houve erro de direito, mas uma infração da regra. Novamente, ela reforçou que o episódio não teve impacto suficiente para mudar o resultado da partida.
Com isso, votando contra o pedido do Guarani, ela foi acompanhada por todos os auditores, sacramentando o resultado em campo de 2 a 0. Isso garante a permanência do Guarani, Anápolis e CSA onde estão.
Para não dizer que a questão “acabou em pizza”, ficou comprometido que a procuradoria do tribunal irá elaborar uma denúncia contra a arbitragem que atuou na partida e que, segundo a ideia, tem de ser responsabilizada.
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