Trabalhador goiano receberá mais de R$ 500 mil em indenização da empresa em que trabalhava

Homem ficou incapacitado após sofrer grave acidente. Cabe recurso

Samuel Leão Samuel Leão -
Trabalhador goiano receberá mais de R$ 500 mil em indenização da empresa em que trabalhava
Parte interna de ônibus. (Foto: Governo de Goiás)

Uma decisão da 2ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT-GO) aumentou significativamente a indenização a ser paga por uma cooperativa de transportes a um motorista que perdeu a perna esquerda em um grave acidente de trabalho, em Goiás.

A Cooperativa dos Transportes Públicos Alternativos de Passageiros de Águas Lindas de Goiás foi condenada a desembolsar mais de R$ 500  mil. O acidente ocorreu em maio de 2023, quando o motorista, ao tentar solucionar uma pane mecânica no ônibus, foi atingido pelo próprio veículo.

As rodas do coletivo passaram sobre as pernas dele, resultando na amputação da perna esquerda e na incapacidade total e permanente para a função. Em primeira instância, a Justiça havia reconhecido culpa concorrente, dividindo a responsabilidade, mas os desembargadores do TRT-GO afastaram essa interpretação.

O relator do caso, desembargador Platon Teixeira de Azevedo Filho, foi enfático ao afirmar que “não há elementos que provem a prática de ato inseguro por parte do reclamante, nem que este tenha desrespeitado norma de segurança do trabalho”.

As provas apresentadas demonstraram que a cooperativa falhava na manutenção preventiva e permitia que os próprios motoristas realizassem reparos improvisados nos veículos, transferindo o risco da atividade para os trabalhadores.

Com a reforma parcial da sentença, a indenização por danos materiais, referente à pensão mensal pela perda da capacidade laboral, saltou de R$ 285 mil para R$ 570 mil. Esse valor será pago em parcela única, com um redutor de 25%.

Já a indenização por danos morais foi elevada de R$ 75 mil para R$ 87.700, equivalente a 50 vezes o último salário contratual do motorista.

A soma das indenizações, mesmo com o redutor, ultrapassa a marca de R$ 500 mil. Cabe recurso.

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Samuel Leão

Samuel Leão

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás, com passagens por veículos como Tribuna do Planalto e Diário do Estado. É mestrando em Territórios e Expressões Culturais no Cerrado pela Universidade Estadual de Goiás. Passou pela coluna Rápidas. Atualmente, é repórter especial do Portal 6.

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