Professora em Anápolis relata momentos de terror após ser ameaçada por mãe de aluna na saída de colégio
Suspeita teria danificado propositalmente carro da educadora e fugido do local após polícia ser acionada

O ambiente escolar, que deveria ser um porto seguro, transformou-se no palco de um episódio de violência e terror no Colégio Estadual Adolpho Batista, situado na Vila Fabril, em Anápolis. Uma professora denunciou ter sido alvo de uma mãe de aluna que, em um surto de fúria, jogou o carro contra o veículo da educadora, proferiu ameaças e tentou agredi-la. O motivo? Uma simples repreensão em sala de aula.
O incidente ocorreu por volta das 17h50, no dia 09 de outubro, no estacionamento da escola. A professora, que havia pedido à aluna para sair da sala por estar conversando e rindo com uma colega – pedido que ela própria relata ter voltado atrás –, estava deixando o local quando a situação escalou para a violência.
“Estávamos saindo do estacionamento interno da Escola Estadual Adolpho Batista, quando o carro [dela] subiu na calçada. Mas antes de alcançar a rua, um veículo em alta velocidade nos cortou e derrapou, deu até para ouvir o pneu cantando, e então bateu no nosso carro”, relata a educadora.
Do veículo, desceu uma mulher visivelmente alterada, que começou a gritar: “Quem é (nome da professora)? É você?”. Ao confirmar a identidade, a mãe da aluna, com a filha e outra adolescente no carro, começou a disparar ameaças.
“Tirou minha filha da sala de aula? Não vai ficar assim!” e “Eu vou trazer o exame de pulmão dela e vou mostrar para a diretora, aí você vai ver o que vai acontecer.” Antes que a professora pudesse responder, a agressora deu ré no carro e colidiu intencionalmente com o veículo da educadora.
Com as portas do carro trancadas por segurança, a professora e um colega que a acompanhava viram a mulher tentar forçar a abertura das portas. “Eu disse que estava chamando a polícia e ela disse que não precisava disso. Então veio até o vidro do meu carro, batendo para que abríssemos a janela. Na recusa, ela puxou a maçaneta da porta na tentativa de abrir”, descreve a professora.
Diante da iminente chegada da polícia, a mulher, que antes tentava negociar o estrago, fugiu do local sem prestar qualquer esclarecimento ou arcar com os danos morais e materiais causados.
“Fomos embora 1 hora depois, abalados e em choque com o ocorrido, tive até que marcar uma consulta de emergência com o psiquiatra”, desabafa a educadora.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) para solicitar um posicionamento diante dos fatos relatados.
Mas, até o momento, não houve retorno da pasta. O espaço segue aberto.
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