A triste história dos pais que viram filho morrer após ser asfixiado em ônibus escolar

Justiça de Goiás investigou o caso e decidiu que casal deverá receber seguro pela fatalidade

Carlos Henrique Carlos Henrique -
A triste história dos pais que viram filho morrer após ser asfixiado em ônibus escolar

Um casal de Luziânia, município a 157 km de Anápolis, ganhou na Justiça o direito de receber o seguro de Danos Pessoais por Veículos Automotores Terrestres (DPVAT), depois que o filho morreu asfixiado em um ônibus.

É que o veículo estava estacionado quando o acidente aconteceu e, por isso, a seguradora havia negado o pagamento no valor de R$ 13,5 mil.

Consta nos autos que o garoto, de apenas 12 anos, tinha acabado de retornar da escola e pediu para a mãe preparar um lanche. Foi quando percebeu que o veículo que fazia o transporte escolar, que sempre ficava estacionado na porta da casa, estava aberto.

Enquanto a mãe preparava a comida, a vítima foi até o ônibus, fechou as janelas e acionou a válvula para fechar a porta. Ela não fechou de imediato e se moveu no momento em que o menor tentou verificar se tinha acontecido algum problema.

O garoto acabou ficando preso pelo pescoço por cerca de cinco minutos na porta. O pai dele ainda tentou socorrer, fez respiração boca a boca e equipes de socorro o levaram para um hospital de Goiânia. Apesar dos esforços, ele morreu 30 horas depois.

Para a juíza Soraya Fagury Brito, titular do Juizado Especial Cível de Luziânia, ficou constatado que houve uma falha mecânica no ônibus e, por isso, os pais devem sim receber o seguro.

“No caso, o veículo automotor foi o causador da fatalidade, não se trata de concausa passiva para o acidente. A porta apresentou uma falha que prendeu o pescoço da vítima. Fazendo uma comparação, não faria diferença se este estava em movimento ou estacionado, se a porta foi o objeto do acidente, deve a requerida indenizar os autores”, afirmou.

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