Influenciadora que ofendeu autistas pode ser investigada por homofobia
Vídeo que vazou tem também falas pejorativas contra a comunidade LGBTQIA+, aponta comissão
A Comissão de Diversidade Sexual e de Gênero da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – subseção Anápolis – protocolou notícia-crime pedindo o indiciamento da influenciadora Larissa Barbosa por homofobia.
O documento foi entregue à Polícia Civil nesta terça-feira (21). O colegiado aponta que ela cometeu crime de racismo contra a população LGBTQIA+ no vídeo em que também ofendeu autistas, com falas pelas quais ela já é investigada.
Na publicação, realizada para um grupo seleto no Instagram, a influencer diz que “a vaga é tão colorida” que achou que “era vaga para viado”.
A petição foi redigida pelo presidente da comissão, Alex da Costa, e também tem assinatura de outros 13 advogados. A notícia-crime foi entregue ao Grupo Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Geacri).
O grupo que procurou a Polícia Civil lembrou que Larissa se desculpou com os autistas e familiares, mas não se posicionou sobre a população LGBTQIA+. A comissão alega que tentou contato com a maquiadora, mas não obteve resposta em 24 horas.
Influencer diz que vídeo foi “brincadeira”
Em depoimento nesta terça-feira, a influenciadora disse à Polícia Civil que o vídeo em que fez piada com autistas foi uma “brincadeira inconsciente”.
Ela ainda alegou que não teve intenção de discriminar, uma vez que a publicação foi num grupo fechado e vazou sem autorização. A maquiadora disse também que estava arrependida.
Larissa foi ouvida no inquérito que investiga se ela cometeu crime ao ofender pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A investigação corre da Delegação Especializada no Atendimento à Pessoa com Deficiência (DEAPD) de Goiânia.