Torcida em família, união e alegria: a Copa do Mundo para os anapolinos

Tem gente que, mesmo pequenino, lembra do último título. Outros receberam ídolos da canarinho em casa

Aglys Nadielle Aglys Nadielle -
Torcida em família, união e alegria: a Copa do Mundo para os anapolinos
Imagem registrada quando o jogador passou por Anápolis. Na foto ele posa ao lado do pai de Guilherme Verano, que está a direita. (Foto: Arquivo pessoal).

Para alguns é apenas futebol, mas para outros a Copa do Mundo significa muito mais que isso. É o caso, por exemplo de Álvaro Inácio, de 28 anos, que vê no torneio a representatividade clara de união e alegria.

“Eu amo todo evento que comove o Brasil, que reúne as pessoas. A Copa é um desses momentos em que a gente para para assistir, que a gente torce junto, que a família está junto, que os amigos estão próximos”, contou.

O evento, que começa no próximo domingo (20), dá vazão diversas memórias afetivas em quem acompanha os jogos desde criança. Álvaro mora em Anápolis desde 2013, mas ainda guarda boas lembranças da cidade em que nasceu, na Bahia.

Ao Portal 6, o migrante contou que morava em um município pequeno, mas que a casa dele sempre ficava cheia em época de Copa do Mundo, por isso, a festa e a alegria era garantida.

“Quando tinha copa era muita gente na minha casa, muitas bacias de pipoca, muita gente conversando, sorrindo, falando alto. Eu lembro de uma copa em que era de madrugada e a minha mãe fez pão de madrugada para a gente comer e fazer farra”, relembrou.

Quando se fala nesse grande evento, muita gente se lembra das ruas pintadas e casas decoradas para torcer pelo Brasil. “Eu lembro do tempo da escola que a gente decorava rua e ganhava até ponto com isso”, disse Álvaro.

Já para o jornalista e historiador Guilherme Verano, que acompanha o campeonato desde a edição de 1974, a lembrança mais marcante foi a derrota do Brasil, em 1982.

“Em 82 era a famosa seleção do Telê Santana, que jogava um futebol maravilhoso, encantava o mundo e atropelava todos os adversários. Venceu a Nova Zelândia, venceu a Escócia, venceu a então União Soviética, venceu a Argentina, mas aí veio aquele fatídico jogo contra a Itália”, contou.

Naquele ano, o Brasil precisava de apenas um empate, mas acabou perdendo o jogo por 3 a 2. Verano relata que esse momento fez com que ele e diversos brasileiros chorassem, pois estavam todos prontos para receber a vitória.

“Eu era jovem, adolescente ainda e me marcou muito aquela derrota porque era uma seleção que encantava todo mundo quando jogava e você tinha esperança porque o Brasil tinha o título de 70, então eram 12 anos sem título”, relatou.

E faz tempo que o Brasil não vence o Mundial. O último foi há 20 anos. Quem tem a memória vívida ainda é o jovem anapolino Thiago Santonni, de 24 anos.

“Essa foi a última Copa que eu assisti com o meu avô antes dele falecer, então para mim foi muito importante, por mais que eu era pequeno. Eu lembro que a final foi entre Brasil e Alemanha e todo mundo se reuniu na casa dele para poder acompanhar. Estava todo mundo vestindo a camisa da seleção e algumas até pintaram o rosto”, disse.

Lembranças com um ídolo

Ao Portal 6, o jornalista Guilherme Verano compartilhou uma experiência que poucos moradores de Anápolis tiveram a oportunidade de ter.

O profissional conheceu de perto o jogador Nilton Santos, que foi bicampeão mundial pela seleção brasileira em 58 e 62. O futebolista visitou a família do historiador na cidade e contou até mesmo histórias sobre bastidores da Copa do Mundo de 1958.

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