6 lugares na Chapada dos Veadeiros para se visitar

De contato com a natureza até a vivência cultural, região guarda uma diversidade de experiências

Augusto Araújo Augusto Araújo -
6 lugares na Chapada dos Veadeiros para se visitar
Aldeia Multiétnica, em Alto Paraíso de Goiás. (Foto: Acervo da Aldeia Multiétnica).

A Chapada dos Veadeiros é uma extensão região em Goiás, englobando diversas cidades no Nordeste do estado e atraindo vários turistas com deslumbrantes paisagens e variados tipos de passeios.

Tendo isso em mente, o Portal 6 separou 06 lugares para se conhecer, ao se fazer uma visita ao local.

1. Cachoeira do Segredo

Cachoeira do Segredo, na Vila de São Jorge. (Foto: Divulgação / Cachoeira do Segredo).

Localizada na Vila de São Jorge, no município de Alto Paraíso de Goiás, a queda d´água é um dos maiores chamarizes da região.

Para chegar até ela, o visitante vai encarar uma trilha de 7 km (3,5 km de ida e de volta), que passa pela margem do Córrego do Segredo.

Desde 2022, os turistas podem passar por cima do curso d’água, visto que foi construída uma passarela suspensa no local.

Dentro da mata ciliar, o caminho leva a duas piscinas naturais, antes de chegar à Cachoeira do Segredo. A queda d’água tem cerca de 120m de altura e pode-se tomar banho no poço da cachoeira.

No entanto, vale deixar claro que não é permitido tomar banho embaixo do local onde a água cai

Foram instaladas cordas se segurança pelo perímetro, além de salva-vidas estarem posicionados para atender os visitantes em eventuais emergências.

A trilha fica aberta todos os dias da semana, com entrada permitida entre 8h e 13h. Já o prazo para permanência se estende até 17h.

2. Aldeia Multiétnica 

Aldeia Multiétnica, em Alto Paraíso de Goiás. (Foto: Acervo da Aldeia Multiétnica).

Dando sequência, temos a Aldeia Multiétnica. Ela fica localizada em uma área de preservação do Cerrado, a 20km de Alto Paraíso, no entorno do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros.

Ela fica aberta de terça a domingo, das 8h às 18h. O visitante pode ter acesso às cachoeiras Almécegas I, Almécegas II e dos Caboclos, em um circuito com cerca de 5km.

A visita ainda inclui um circuito cultural, com exposições artísticas e 8 casas indígenas, feitas com base na arquitetura tradicional das etnias Kayapó/Mebêngôkré (PA), Krahô (TO), Kariri-Xocó (AL/DF), Fulni-ô (PE), Guarani Mbyá (SC), Xavante (MT), dos povos do Alto Xingu (MT) e Yanomami (AM).

Uma casa Kalunga, do maior território quilombola do Brasil, completa a visitação.

Lá também tem um restaurante que funciona para almoço, com pratos sob encomenda; a loja da Rede Multiétnica; e uma hospedaria para noites de descanso e contemplação.

É importante destacar que, no período das chuvas, é obrigatória a entrada com guia nas cachoeiras da Aldeia Multiétnica.

Cachoeira Almécegas. (Foto: Acervo da Aldeia Multiétnica)

3. Casa de Cultura Cavaleiro de Jorge

No distrito de São Jorge, ainda é possível encontrar a Casa de Cultura Cavaleiro de Jorge. O espaço é dedicado para a valorização da cultura tradicional e fortalecimento das expressões da diversidade cultural.

Ao longo do ano, o local ainda realiza atividades socioculturais pontuais, como palestras, oficinas de capacitação, vivências indígenas na Aldeia Multiétnica e comemorações religiosas do calendário popular.

Dentro da Casa de Cultura, o visitante pode conhecer também a Cozinha do Cavaleiro.

O restaurante proporciona uma experiência única, contando com o trabalho do chef Lui Veronese, finalista do programa Mestre do Sabor, da Rede Globo, durante a edição de 2019.

4. Mirante do Salto 

Já adentrando a região do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, temos a Trilha do Salto, que tem como um dos principais atrativos o Mirante do Salto do Rio Preto (também chamado de Salto 120).

Ele fica localizado no decorrer do circuito, que somando ida e volta, dá cerca de 10 km de extensão. O visitante que passa pelo caminho não pode deixar de dedicar alguns minutos para apreciar a paisagem do local.

Por ser uma trilha mais acidentada, ela é considerada de dificuldade média. No entanto, turistas com dificuldade de locomoção poderão solicitar acesso de carro ao trecho das corredeiras, garantindo assim um banho nas águas naturais.

Subindo o curso do Rio Preto, o turista pode visitar a Cachoeira do Garimpão, onde é possível se banhar na piscina natural.

Logo acima, ele pode encontrar o Mirante do Carrossel (onde o banho é permitido apenas em época de seca) e finaliza o caminho nas Corredeiras, onde é possível tomar banho a qualquer época do ano.

5. Complexo do Canjica

Já o Complexo do Canjica fica localizado a 75 km da cidade de Cavalcante. O local possui muitas piscinas naturais, formações geológicas, cavernas e mirantes de tirar o fôlego.

O perímetro ainda conta com dois córregos – o que dá nome ao complexo e o Córrego Águas Lindas – que chama atenção por ter um curso de água cristalina, de tonalidade azulada.

Queda d´água no Complexo do Canjica. (Foto: Arquivo Pessoal / Caio Martins).

Entretanto, é obrigatório a contratação de um guia para visitar o local. Ele será o responsável por conduzir o grupo e garantir a segurança, além de fornecer informações sobre o atrativo e região.

6. Travessia São Jorge-Capela

Por fim, esta última trilha separada pelo Portal 6 é uma das mais recentes do estado de Goiás.

Inaugurado em 2022, o trajeto de 25 km liga a vila de São Jorge à comunidade de Capela, passando pela Serra de Santana e aproveitando parte de uma trilha histórica.

O novo roteiro segue o mesmo traçado da travessia das Sete Quedas pelos primeiros 15 km, até chegar a uma bifurcação que separa as duas rotas.

A travessia São Jorge-Capela pode ser percorrida em um dia (cerca de 9 h) ou em dois dias, com pernoite acampando no parque.

É possível escolher entre dormir no acampamento da Boa Sorte, percorrendo 8 km no primeiro dia e 17 km no segundo, ou no acampamento das 7 Quedas, que aumenta um pouco o trajeto.

Orientações

Ao Portal 6, o guia Caio Martins, com experiência em inúmeras trilhas e especialista na região da Chapada dos Veadeiros, afirmou que os trajetos em meio à natureza podem ser feitos sem a obrigatoriedade da contratação de um profissional.

No entanto, ele destacou que a experiência será muito mais proveitosa e segura com a presença de alguém que já conhece e está em contato constante com os caminhos no Cerrado.

“O guia não é só quem te mostra o caminho. Ele está ali para interpretar o ambiente onde você está andando, além do fator de segurança, especialmente na época de chuvas”.

“É alguém que conhece bem a dinâmica dos rios, estudam a região e andam sempre pela Chapada, sendo treinados para isso”, detalhou.

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