Unidades de saúde de Anápolis ficam com limpeza comprometida após funcionários de terceirizada cruzarem os braços
Em nota, Semusa informou que débito de agosto foi quitado nesta quarta-feira (08) e que está em tratativas para que não haja comprometimento à população
Funcionários da empresa terceirizada responsável pela limpeza em diversas unidades de saúde de Anápolis, a Garra Forte, cansaram de receber, invariavelmente, os salários atrasados. Assim, na terça-feira (07), decidiram cruzar os braços e paralisaram os serviços. Nesse caso, há uma espécie de solidariedade em relação a empresa que, mesmo sem receber os repasses da prefeitura há meses, vem conseguindo honrar o compromisso com recursos próprios.
A denúncia é de uma funcionária, que reflete em dezenas de outros. “Tenho orgulho da empresa, por que é uma empresa digna que há meses vem passando por problemas com nós funcionários por que a prefeitura nunca faz os repasses nos dias corretos”, desabafou uma colaboradora que não quis se identificar.
Ela lidera a lista de reclamações de pessoas que trabalham em unidades de saúde como: UBS Munir Calixto, Vila União, Recanto do Sol, Vila Formosa, além da OSEGO, os Centros de Atenção Psicossocial (Caps), Hospital do Idoso, Banco de Leite e Serviço de Atendimento Móvel de Urgências (SAMU) JK.
Conforme observado, são unidades de alto fluxo de atendimento, assim como de horários estendidos.
O vereador Policial Federal Suender (PRTB) vem cobrando e acompanhando de perto uma solução para o imbróglio. “Não é a primeira vez que isso acontece e, como das outras vezes, estamos cobrando das secretarias responsáveis, tanto em plenário quanto em forma de ofício”, explica.
Para além dos salários, os funcionários reclamam também da falta de materiais como papel higiênico. “Em resumo, um caos. Mais uma vez, vamos ficar com aluguel, conta de água e luz atrasados”, finalizou uma funcionária.
Leia nota na íntegra:
A Secretaria Municipal de Saúde informa que a nota referente a agosto, emitida em setembro foi paga hoje, 08 de novembro. A nota de setembro, emitada em outubro, está em procedimento padrão financeiro para liquidação. Já a nota de outubro não foi emitida pela empresa até a presente data.
De toda forma, o contrato com a referida empresa inviabiliza qualquer tipo de paralisação dos serviços e a Semusa está em tratativa com a Garra para que não haja comprometimento no atendimento à população.