Goiano que quase morreu após forte descarga elétrica revela como foi passar 44 dias em coma
Por conta do acidente, ele foi submetido a 112 cirurgias e ainda precisou passar por amputação
Saber o que se sente durante um coma é certamente um mistério desvendado por poucos. E um goiano, de 31 anos, que sofreu uma forte descarga elétrica, perdeu a mão e ficou em coma por 44 dias, viralizou nas redes sociais ao revelar um pouco de como foi a experiência.
“No coma eu não vi nada, mas no final, quando já era induzido, eu sentia a presença das pessoas. Às vezes escutava a conversa, sonhava. Alguns sonhos muito bons e outros muito ruins, um inferno mesmo”, contou, em vídeo postado no TikTok.
O empresário Daniel Londes, que atua no ramo da construção civil, descreve a sensação como horrosa, apontando que a pior parte teria sido o momento em que ele acordou.
“A pior coisa é que, quando eu acordei do coma, misericórdia, você não sabe o que está acontecendo. Na minha cabeça, eu ainda estava lá no trabalho. Eu nunca tinha visto nada daquilo, as máquinas, a UTI. Então eu desesperei”, relatou.
Após enfrentar mais de um mês na condição, ao acordar, Daniel ainda passou por inúmeras cirurgias, que ao todo somam 112, dentre elas uma de 26h, na qual ele teve a mão amputada.
@daniellondes3♬ som original – daniel londes
Relembre
Atualmente, o empresário faz sucesso em vídeos nos quais fala sobre o acidente sofrido, em 2012, quando ele encostou em uma rede viva e sofreu uma descarga elétrica com potência equivalente à 160 vezes a voltagem de uma tomada comum.
O choque entrou pela mão direita, passou pelo corpo e saiu em diversos pontos, como nas costas, braço e pé, arrebentando até o tendão de Aquiles.
“A última vez que vi a minha mão direita eu estava na UTI e vieram fazer o curativo. […] Todos meus tendões estavam expostos. […] Já tinha perdido quase todos os dedos. Olhei com aquele olhar de despedida, porque sabia que ela não ia ficar comigo mais”, relatou o goianiense.
Tendo estudado em conservatório para se tornar contrabaixista profissional, hoje, o goiano trabalha como músico de orquestra, tocando trompete para festas, além de ainda seguir na construção civil.
Para além da música, Daniel superou outras dificuldades e se tornou o primeiro a ter uma Carteira Nacional de Habilitação (CNH) para dirigir motocicleta no Brasil.