Empatia e compreensão são essenciais para boa convivência com pessoas autistas, explica especialista

Ao Portal 6, a médica psiquiatra Amanda Castanheira também destacou alguns sinais que podem ser alerta para necessidade de diagnóstico

Samuel Leão Samuel Leão -
Empatia e compreensão são essenciais para boa convivência com pessoas autistas, explica especialista
Crianças realizando atividades com o Instituto Parque Azul, que promove a interação entre crianças com autismo. (Foto: @parqueazulinstituto/Reprodução)

Esta terça-feira (02) marca uma data internacional que possui o intuito de difundir uma conscientização muito importante. Se trata do Dia Mundial de Conscientização do Autismo, que ganha os holofotes ao redor de todo o globo neste dia 02 de abril.

Segundo informações do Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), apenas de 2018 para 2022 houve um aumento de 22% nos casos de Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Dentre as principais causas apontadas, estão fatores ambientais, como a idade avançada dos pais.

Ao Portal 6, a médica psiquiatra Amanda Martins Castanheira explicou que o diagnóstico requer exames e acompanhamento aprofundado. No entanto, indicou alguns sinais para reconhecer o transtorno.

Médica psiquiatra Amanda Castanheira. (Foto: Acervo Pessoal)

“O TEA apresenta um quadro bastante heterogêneo e é descrito como um espectro justamente pelas manifestações variáveis, desde graus mais leves e com pouco comprometimento até quadros graves e limitantes”, explicou a profissional.

Ela complementou indicando que, apesar dessa vasta gama de manifestações, alguns pontos podem ser considerados “chave” para reconhecer e procurar um diagnóstico. Vale ressaltar que tais sinais devem estar presentes desde o período inicial do desenvolvimento do paciente.

“Os sintomas podem incluir prejuízos na comunicação e interação social, dificuldade no contato visual, compreensão limitada, comportamentos e interesses com um padrão restrito e repetitivo, apego a rotinas e uma maior ou menor resposta a estímulos sensoriais”, relatou.

Para ampla gama de apresentação, a médica frisou a importância da realização do diagnóstico, que deve ser feito por meio de avaliações clínicas e, muitas vezes, com a necessidade de abordagens multiprofissionais para possibilitar uma identificação mais precisa.

Boa convivência

Por fim, ela pontuou que, para haver uma boa convivência com pacientes que apresentem o TEA, a empatia e a compreensão são cruciais. Além do respeito e da comunicação, há ainda a possibilidade da promoção de ambientes inclusivos e acessíveis.

“Pode ser feito uma redução de estímulos sensoriais intensos, como luzes brilhantes, barulhos altos e texturas desconfortáveis. Espaços de descanso e áreas de escape para momentos de sobrecarga sensorial ou estresse também podem ser importantes, sendo interessante também a garantia de acesso fácil e seguro a todas as áreas do ambiente, considerando necessidades de mobilidade do paciente”, finalizou.

Samuel Leão

Samuel Leão

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás, com passagens por veículos como Tribuna do Planalto e Diário do Estado. É mestrando em Territórios e Expressões Culturais no Cerrado pela Universidade Estadual de Goiás. Passou pela coluna Rápidas. Atualmente, é repórter especial do Portal 6.

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