Mulher de Goiânia procura polícia para pedir ajuda para encontrar os pais depois de ser abandonada quando bebê
Técnica em laboratório, ela afirma estar em busca dos familiares biológicos há 6 anos
Há seis anos, a técnica em laboratório Patrícia Almeida Teodoro, de 42 anos, trilha uma busca incessante e às cegas” com uma única finalidade: encontrar a família biológica.
Em depoimento à Polícia Civil (PC), a profissional conta que foi encontrada em uma oficina e levada pelo juizado até um orfanato, localizado no Setor Pedro Ludovico, em Goiânia.
Três meses depois da chegada ao local, a mãe adotiva da mulher, Sebastiana Almeida Teodoro, que faleceu há 03 anos em pleno Dia das Mães, resolveu pegar e adotar a criança.
A descoberta sobre a adoção surgiu logo na adolescência, aos 14 anos, quando a genitora contou à jovem a verdade sobre a origem.
Após a revelação, Patrícia decidiu buscar notícias sobre o paradeiro da família biológica, mas afirma estar enfrentando obstáculos devido à falta de informações.
Inclusive, de acordo com ela, apenas uma funcionária que ajudou a mãe adotiva durante o processo de adoção se lembra do orfanato.
“Sempre quis saber, mas parece impossível, porque não tenho mais pistas de nada, nem ninguém. Não sei dizer se a oficina era aqui em Goiânia. Independente do que aconteceu, quero saber se tenho pais, irmãos e primos, só quero conhecê-los”, revelou ao G1.
Uma das poucas pistas que Patrícia tem a respeito do passado é o nome “Maria Gabriela”, encontrado em uma das fotos dela quando criança. Segundo a técnica em laboratório, Sebastiana afirmou que Patrícia tinha outro nome e documentação, mas que, como era um processo novo, ela ganhou novos documentos.
A profissional também chegou a realizar um exame de ancestralidade para conseguir identificar parentes e conseguiu encontrar alguns primos de terceiro grau. No entanto, ao entrar em contato, a profissional foi informada que eles não se lembravam de nenhum caso como o dela na família.
Mesmo em meio à falta de informações, Patrícia segue na luta e, recentemente, fez uma coleta de DNA da saliva no Instituto Médico Legal (IML) de Aparecida de Goiânia para tentar encontrar os pais no banco de dados.
“Eu sigo tentando, às vezes as pessoas me desanimam, mas eu coloquei na minha cabeça e ninguém tira. Eu tenho filhos e eles também merecem saber quem são da minha família. Cada pessoa tem um motivo, eu não tenho mágoa, meu coração já está tranquilo e descansado. Só quero conhecer”, afirma.