Jovem que confessou ter matado amante empresário como “prova de amor” fez por dinheiro, acredita delegado

Familiares da vítima apontaram que homem já vinha sendo extorquido há anos

Natália Sezil Natália Sezil -
Jovem que confessou ter matado amante empresário como “prova de amor” fez por dinheiro, acredita delegado
Empresário Carlos Luiz de Sá e suspeito do homicídio, Vinicius Valentin. (Foto: Reprodução)

A Polícia Civil (PC) não está convencida da versão apresentada pelo casal suspeito de assassinar o empresário Carlos Luiz de Sá, ocorrido em Trindade na última quinta-feira (27). Inicialmente, os dois apontavam que o crime teria se tratado de uma “prova de amor”.

Apesar disso, o delegado Douglas Pedrosa, responsável pelo caso, explicou à TV Anhanguera que, a princípio, a PC descarta essa possibilidade. “A gente sabe que teve dinheiro envolvido, que eles estavam em busca do dinheiro da vítima. Basta a gente provar”, afirmou.

O suspeito, Vinicius Valentin, de 21 anos, teria mantido um relacionamento amoroso com Carlos há pelo menos cinco anos – e, nesse período, os empréstimos já teriam sido frequentes.

Segundo informado à Polícia Militar (PM), o jovem era ex-funcionário da padaria da vítima. Mesmo depois de deixar de trabalhar no local, ele ia frequentemente ao estabelecimento pedir dinheiro para o empresário.

“O Vinicius vinha extorquindo o Carlos, e ele confirmou isso. A última extorsão não deu certo, acabou culminando na morte da vítima”, declarou o delegado.

Ele continuou: “é interessante notar que eles vinham em uma situação precária e no dia eles gastaram mais de R$ 2 mil só com a fuga. A gente tem indícios veementes de que esse dinheiro tenha sido tirado da vítima”.

Inclusive, dinheiro também teria sido o pretexto utilizado para atrair a vítima ao local do homicídio. Supostamente partiu de Vinicius o contato para que se encontrassem em um local isolado da cidade, dizendo que precisava pedir dinheiro.

Ao chegar para “socorrer” o amante, o empresário teria sido esfaqueado até a morte. O suspeito ainda teve ajuda da ex-namorada, Yara Martins, de 25 anos.

Ambos estão presos desde o dia do crime, após confessarem a autoria das ações. Apesar disso, o delegado detalhou que as versões contadas pelos suspeitos diferem em alguns pontos, embora concordem em outros.

A investigação segue sob responsabilidade do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Trindade.

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