Adolescente de Goiânia é apreendido em mega operação contra crime de ódio na internet

Investigações começaram após outro jovem atear fogo a um homem em situação de rua e postar a agressão nas redes sociais

Davi Galvão Davi Galvão -
Itens foram apreendidos na casa do adolescente, em Goiânia. (Foto: Divulgação/PC)
Itens foram apreendidos na casa do adolescente, em Goiânia. (Foto: Divulgação/PC)

Uma mega operação da Polícia Civil culminou na apreensão de sete adolescentes e na prisão dois adultos, nesta terça-feira (15). Um dos menores foi detido em Goiânia e as autoridades acreditam que o suspeito integrava um grupo criminoso que atuava em plataformas online e aliciava outros jovens em práticas ilícitas e de risco, incluindo a indução à autolesão.

Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão na casa do menor, foram encontrados um par de luvas com estampa esquelética, uma máscara do personagem Ghostface – associado a atividades ilícitas – e um simulacro de arma de fogo.

Intitulada operação Adolescência Segura, a iniciativa foi deflagrada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro e contou com o apoio de sete outros estados, com a apreensão e internação provisória de adolescentes em São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás e Rio Grande do Sul.

As investigações apontam que a rede criminosa utilizava plataformas online para entrar em contato, manipular psicologicamente as vítimas e induzir a prática de crimes.

Os suspeitos são investigados por tentativa de homicídio, instigação ao suicídio, armazenamento e divulgação de pornografia infantil, maus-tratos a animais, apologia ao nazismo e outros crimes de ódio.

Começo das investigações

O caso começou a ser investigado em 18 de fevereiro, após um adolescente lançar dois coquetéis molotov contra um homem em situação de rua, que dormia na calçada.

A vítima teve 70% do corpo queimado. Um cúmplice filmava o ataque e o transmitia ao vivo em uma plataforma online. A Polícia Civil apurou que o crime foi incentivado por um grupo organizado que promovia esse tipo de ação pela internet.

Duas agências independentes dos Estados Unidos também colaboraram com a investigação, emitindo relatórios que auxiliaram na identificação dos envolvidos.

As investigações continuam para localizar outros integrantes da rede criminosa.

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