Após acordo de R$ 5 milhões em Goiás, WePink recebe nova multa de R$ 1,5 milhão por irregularidades em SP

Fiscalização do órgão paulista foi motivada por reclamações de clientes e por uma análise detalhada do site da marca

Samuel Leão Samuel Leão -
Virginia terá que atender a medidas impostas pelo TJGO após WePink receber milhares de reclamações.
Virginia descumpreiu medidas impostas pelo TJGO após WePink receber milhares de reclamações. (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

A Savi Cosméticos, popularmente conhecida como WePink, empresa que tem a influenciadora Virginia Fonseca como sócia, voltou a ser alvo de sanções dos órgãos de defesa do consumidor. Desta vez, o Procon-SP aplicou uma multa de R$ 1.566.416 após identificar uma série de irregularidades que ferem o Código de Defesa do Consumidor (CDC).

A fiscalização do órgão paulista foi motivada por reclamações de clientes e por uma análise detalhada do site da marca. Entre os principais problemas apontados estão o descumprimento sistemático dos prazos de entrega e o envio incompleto de pedidos, deixando consumidores sem os produtos pelos quais pagaram.

Além das falhas na logística, o Procon-SP constatou que o pós-venda da WePink deixava a desejar. Relatos indicam demora excessiva para o estorno de valores e para a substituição de itens com defeito.

A empresa também teria ignorado solicitações de clientes que tentaram exercer o “direito de arrependimento” dentro do prazo legal de sete dias.

Outro ponto identificado pela fiscalização foi a falta de transparência no comércio eletrônico. No início de dezembro, o site da marca não informava dados obrigatórios, como endereço físico e e-mail para contato, dificultando o acesso do consumidor à empresa.

A multa foi calculada com base na gravidade das infrações e na condição econômica da fornecedora, que ainda possui direito à defesa.

Outro caso em Goiás

É importante destacar que esta nova sanção em São Paulo não se trata do mesmo processo enfrentado pela empresa em Goiás. Em novembro, a WePink firmou um acordo judicial com o Ministério Público de Goiás (MPGO) para encerrar uma ação civil pública que apurava práticas abusivas semelhantes.

Naquela ocasião, a empresa aceitou pagar R$ 5 milhões em indenização por dano moral coletivo, valor dividido em 20 parcelas de R$ 250 mil destinadas ao Fundo Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (FEDC).

O montante foi arbitrado após o registro de mais de 120 mil reclamações no Procon Goiás e em plataformas como o Reclame Aqui nos últimos dois anos.

Como parte do acordo em solo goiano, a WePink se comprometeu a adotar medidas rigorosas, como a proibição de vendas sem estoque físico comprovado e a implementação de um SAC não automatizado, com atendimento feito por pessoas reais.

Além disso, a empresa deve restituir em dobro os valores pagos por clientes que comprovarem danos e não tiveram seus problemas resolvidos anteriormente.

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Samuel Leão

Samuel Leão

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás, com passagens por veículos como Tribuna do Planalto e Diário do Estado. É mestrando em Territórios e Expressões Culturais no Cerrado pela Universidade Estadual de Goiás. Passou pela coluna Rápidas. Atualmente, é repórter especial do Portal 6.

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