Acidente em escola de Anápolis deixa estudante com pálpebra rasgada e ele será indenizado
Criança precisou passar por cirurgia e teve de ser transferida de unidade após o episódio
O município de Anápolis terá de indenizar, em R$ 25 mil, por danos estéticos e morais, um aluno que sofreu um acidente dentro de uma escola pública. A decisão é do juiz Carlos Eduardo Rodrigues de Sousa, da Vara da Fazenda Pública Municipal, Registros Públicos e Ambiental.
Consta nos autos que o caso ocorreu em janeiro de 2015, quando o garoto tinha 11 anos e cursava o 7º ano. Ele estava brincando com colegas no recreio e, ao correr por entre uma árvore e o muro, foi atingido no olho por um arame liso.
Em decorrência disso, teve a pálpebra do lado direito rasgada e precisou ser submetido a uma cirurgia para corrigir a laceração. O aluno também ficou com cicatriz, passou a ser ridicularizado por colegas e teve de mudar de escola.
De acordo com o magistrado, uma apuração interna do município apontou que o arame foi deixado lá por uma empresa que realizava melhorias na escola e abriu uma fenda no muro para passagens de maquinário.
O departamento de fiscalização de Anápolis era responsável por fazer uma vistoria e admitiu não ter percebido a permanência do arame esticado perigosamente.
“A gravidade da lesão, aliada ao largo doloroso período de recuperação e, coroada pela debilidade facial permanente marcada por mudança da linha do rosto e cicatriz perpétua na pálpebra direita, confirmadas em juízo pelo médico que assistiu o autor, provocou para ele grande sofrimento e prejuízo emocional severo que devem ser objeto de reparação moral e estética”, afirmou o juiz.