Estratégia da Justiça muda em Anápolis para penalizar duramente os criminosos do trânsito
Ao Portal 6, delegado explicou qual postura tem sido adotada e relatou ter realizado 10 prisões apenas nas últimas horas
Tolerância zero. Essa é a postura que o sistema Judiciário, o Ministério Público (MPGO) e a Delegacia de Investigação de Crimes de Trânsito (DICT) estão adotando para lidar motoristas flagrados dirigindo sob efeito de bebidas alcóolicas em Anápolis.
Manoel Vanderic, titular da DICT, explicou ao Portal 6 que a proibição de assumir a direção após beber não é mais uma novidade e, por isso, as pessoas não podem mais alegar que não sabiam que estavam fazendo algo errado.
“Depois de anos de campanha de conscientização, ninguém mais pode alegar que desconhece o caráter criminal dessa conduta e que não sabe os perigos de dirigir embriagado”, afirmou.
O delegado ressaltou que, agora, o judiciário está deixando de tratar como culposo e passando a autuar por crime doloso – quando há intenção – os motoristas alcoolizados que cometerem acidentes graves e até provocam óbitos.
Só neste ano, dois casos já foram levados à Juri Popular, algo que nunca havia acontecido antes.
“As pessoas precisam entender que não é brincadeira e que não são cidadãos de bem ao praticar esse crime. Além de ser um problema de segurança, é um problema de saúde pública, que precisa ser combatido de forma contundente”.
Direção Consciente
Ao comentar o balanço da operação Direção Consciente, que busca evitar acidentes e deter condutores alcoolizados, Vanderic destacou que foram os 47 motoristas flagrados sob efeito de bebidas e 10 prisões apenas nas madrugadas de sexta (26) e deste sábado (27).
O delegado chamou a atenção para os altos níveis de embriaguez captados pelos testes de bafômetro, que chegaram a um teor considerado coma alcóolico (acima de 1 mg por litro de ar).
Multa e prisão
A punição para os motoristas pegos de forma irregular é amarga. Os que apresentarem qualquer teor de álcool no sangue receberá multa de três a seis salários mínimos. Quem se recusar a realizar o teste receberá uma multa de R$3 mil.
Os condutores que apresentarem um teor alcóolico acima de 0,33 mg por litro de ar serão presos e multados. Eles ainda vão encarar um processo criminal e deverão pagar fiança se quiserem responder em liberdade.
Aqueles que se recusarem a fazer o bafômetro e apresentarem sinais de embriaguez também serão presos pela polícia.