Em menos de 24h, dois tamanduás aparecem em bairros diferentes de Anápolis e isso é preocupante

Portal 6 conversou com especialista, que explicou porque animais silvestres estão aparecendo cada vez mais na área urbana do município

Pedro Hara Pedro Hara -
Tamanduá foi resgatado no Novo Paraíso e devolvido à natureza. (Foto: Divulgação/ Corpo de Bombeiros)

Um tamanduá-bandeira adulto foi resgatado pelo Corpo de Bombeiros neste domingo (16) de dentro de uma fossa desativada no Novo Paraíso, bairro da região Sudoeste de Anápolis.

Deixado pelos militares em uma reserva florestal próxima à Fazenda Santa Branca, em Terezópolis, o animal saiu animado da gaiola para dentro da mata e isso chamou a atenção da equipe.

Esse não foi o primeiro tamanduá que deixou o habitat natural para se aventurar na cidade. No sábado (15), outro da mesma espécie foi flagrado andando à noite no Industrial Munir Calixto, no extremo Sul de Anápolis.

Tudo isso pode parecer fofo e curioso, mas é um sintoma de que algo não está certo. É o que aponta o anapolino Gabriel Pfrimer, doutor em Medicina Veterinária e professor universitário.

“Observar animais selvagens na cidade é indicativo de desequilíbrio ambiental. Entre os fatores estão as chuvas, chuvas, queimadas, desmatamento”, explicou à reportagem do Portal 6.

O profissional também aponta outras causas que podem explicar a aparição desses bichos no ambiente urbano.

“Eles buscam abrigo em locais próximos, próximos a bairros periféricos e fazendas. Eles estão se protegendo ou buscando alimento”, disse.

Tamanduá-bandeira dentro de fossa desativada no bairro Novo Paraíso. (Foto: Divulgação/ Corpo de Bombeiros)

Neste caso é necessário fazer um estudo de caso para saber o que ocorreu. Essas condições [a aparição de animais selvagens] são comuns para cidades onde há um crescimento demográfico grande”, acrescenta, lembrando que é importante mobilizar profissionais capacitados para fazer a avaliação, pois a aparição pode indicar outras coisas.

“É sempre importante ter um biólogo, um médico veterinário avaliando esses animais. Às vezes um animal selvagem quando está doente, ele se desloca a cidade para serem vistos”, lembrou Gabriel.

 

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