Caso de Henrique Saccomori se assemelha a um dos maiores golpistas da Argentina

Eles têm quase a mesma idade, atuavam em esquema milionário e agiram da mesma forma para tentar escapar da Justiça

Lucas Tavares Lucas Tavares -
Henrique Saccomori, de 29 anos, e o argentino Leonardo Cositorto, de 30. (Foto: Montagem/Portal6)
Henrique Saccomori, de 29 anos, e o argentino Leonardo Cositorto, de 30. (Foto: Montagem/Portal6)

Recentemente, o nome do empresário e golpista Leonardo Cositorto, de 30 anos, tomou conta dos principais jornais argentinos.

O dono da empresa Geração Zoe era líder de um esquema de pirâmide clássico, em que ele convencia as pessoas a investirem economias e trazer novos participantes para aumentar ainda mais os lucros.

Com isso, ele conseguiu manter cerca de 65 escritórios ativos e mais de 85 mil associados em 17 países.

Cositorto foi preso pela Interpol no início deste mês de abril, na República Dominicana. Ele estava foragido sob acusação de associação ilícita e fraude.

O caso, que estremeceu o país vizinho, em muitos aspectos se assemelha ao do empresário Henrique Saccomori, de 29 anos, que foi detido no dia 03 de abril.

Além da proximidade nas datas das prisões, a forma com que cada um deles atuava era muito semelhante.

Ainda em investigação, o esquema de apostas de Henrique Saccomori, que vive em Anápolis, pode ter feito vítimas em várias cidades brasileiras e até fora do país. A estimativa da Polícia Civil é de um prejuízo de mais de R$ 50 milhões.

Ao Portal 6, inclusive, o delegado responsável pelo caso, Jorge Bezerra, já havia revelado que mais de 60 pessoas registraram queixa até a última sexta-feira (08).

Fuga e tentativa

Uma das diferenças entre as histórias é que Cositorto conseguiu fugir da Argentina e se esconder por um bom tempo em outro país.

Já Henrique ensaiou uma fuga para Europa, mais precisamente para Portugal, que não se efetivou.

Uma mega operação da Polícia Civil, juntamente com a Polícia Federal, capturou o suspeito minutos antes do embarque, em um aeroporto de São Paulo.

Outro contraponto é que a comunidade Zoe, de certa forma, alimentou uma admiração pelo criminoso argentino, fazendo até protestos a favor dele.

Já em terras brasileiras, e principalmente goianas, Henrique não se tornou alvo de elogios da população. Muito pelo contrário, os pedidos nas redes sociais sempre são por Justiça.

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