Após mais de dois anos, Anápolis tem mês sem mortes por Covid-19

Marca é alcançada pela primeira vez desde março de 2020, quando a OMS declarou que a doença era uma pandemia

Isabella Valverde Isabella Valverde -
Vacinação contra Covid-19. (Foto: Secom)
Vacinação contra Covid-19. (Foto: Secom)

Apesar da crescente de casos de Covid-19, maio reservou boas notícias para Anápolis no combate à doença. O mês passado não registrou nenhuma morte pelo coronavírus, num dado inédito em 25 meses.

Levantamento realizado pelo Portal 6, via plataforma da Secretaria Municipal de Saúde de Anápolis (Semusa), mostra que o único mês em que não houve óbitos notificados desde a declaração de pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS) foi em março de 2020.

Desde então a cidade teve registro de mortes por Covid-19. O período mais letal foi março de 2021, quando o município enterrou 355 moradores que perderam a batalha para o vírus.

À época, a variante Gama, identificada primeiro em Manaus, foi responsável por um caos no sistema de saúde e altos níveis de mortalidade em todo o país.

Desde que a vacinação começou, ainda no ano passado, os índices começaram a cair. No fim do ano passado, porém, a disseminação da Ômicron fez novamente os casos subirem.

Em janeiro, Anápolis teve 49 mortes por Covid-19. Desde então, esse número foi reduzido. Em abril, houve uma vítima da doença e, finalmente, em maio, o indicador foi zerado.

A elevação de casos no mês passado também não se refletiu em mais internações. Segundo a Semusa, apenas um paciente está hospitalizado com coronavírus.

Vacina e prudência

Ao Portal 6, a infectologista Letícia Aires explicou que diversos fatores podem ter influenciado, mas o principal motivo que possibilitou essa redução é o aumento do número de pessoas vacinadas.

“Temos muitas pessoas já vacinadas, então isso faz com que a doença seja mais leve. A gente já tem grande parte da população que recebeu pelo menos duas doses de vacina”, afirmou.

“Então, a doença mudou o perfil dela, ela é uma doença que pode dar formas graves, mas cada vez menos, porque as pessoas estão protegidas”, completou.

A infectologista ainda ressaltou que os cuidados com a Covid-19 continuam sendo essenciais mesmo após a imunização, já que os riscos apenas diminuem, mas ainda existem.

“Não dá para descuidar totalmente e falar que a pandemia acabou, que está tudo controlado, que a gente não corre mais nenhum tipo de perigo e não tem risco nenhum”, alertou.

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