Especialista explica o que impede que Anápolis tenha um aeroporto comercial
Estrutura, onde já desembarcou celebridades dos EUA e realizou até voos internacionais, hoje é restrita as aeronaves fretadas e a prática de paraquedismo
Os quase 400 mil habitantes e um Produto Interno de Bruto (PIB) per capta de R$ 39 mil parecem insuficientes para decolar o Aeroporto de Anápolis – que fica localizado na Rua Francisco Valois, no Setor Industrial Aeroporto, próximo à saída para Brasília.
Atualmente, a estrutura onde já desembarcou celebridades dos Estados Unidos da América (EUA) e realizou até voos internacionais, é restrita as aeronaves fretadas e a prática de paraquedismo, por exemplo.
Em entrevista ao Portal 6, o coordenador do curso de Ciências Aeronáuticas da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), Salmem Chaquib, elencou quais são os principais entraves.
“Isso é uma coisa que o comércio regula, o investimento teria que valer a pena. Anápolis tem uma grande dificuldade por estar entre dois grandes aeroportos [Brasília e Goiânia]”, alegou.
Ainda segundo o especialista, também deve haver vontade política. “Um bom começo seria a operação de carga, para chamar a atenção comercialmente, mas o transporte de passageiros já é mais complexo. Uma boa opção seria um Hub“.
Na aviação, Hub significa é basicamente um aeroporto que atua como centro de distribuição, usado pelas companhias para transferir e distribuir passageiros. É uma alternativa para localidades sem demanda local, atuando portanto como “ponte” entre destinos.
Construído em 1935, o aeroporto teve seu auge na década de 50, recebendo diversos estrangeiros e fazendo ligações diretas até com os Estado Unidos da América (EUA). Já alcançou a marca de 40 voos por dia.
Contudo, atualmente é usado apenas por autoridades, celebridades e empresas de paraquedismo, além de casos de emergência.