Pastor que abusava sexualmente de fiéis em Anápolis gravava os atos e enviava em grupos de WhatsApp

MPGO pediu à Justiça para que lider religioso e esposa, cúmplice nos crimes, sejam julgados por estupro de vulnerável e divulgação de imagens íntimas

Augusto Araújo Augusto Araújo -
Pastor que abusava sexualmente de fiéis em Anápolis gravava os atos e enviava em grupos de WhatsApp
Pastor Vanderlei e a esposa foram denunciados por 9 vítimas, até o momento. (Foto: Reprodução)

O Ministério Público de Goiás (MPGO) pediu a condenação do pastor Vanderlei Antonio de Oliveira, suspeito de ”incorporar anjos” para abusar sexualmente de fiéis em uma igreja de Anápolis.

Conforme a denúncia, obtida com exclusividade pelo Portal 6, o líder religioso também gravava os atos libidinosos e enviava os vídeos em grupos de WhatsApp.

Tanto o pastor quanto a esposa dele – Maria de Lourdes dos Santos Oliveira – estão sendo investigados pelos crimes de estupro de vulnerável e divulgação de imagens íntimas nas redes sociais, cometidos contra 14 mulheres.

Vanderlei teria se aproveitado de momento de fragilidade emocional das vítimas, que procuravam conforto espiritual na igreja administrada pelo pastor – a Assembleia de Deus Ministério Bola de Fogo.

Dessa forma, ele teria convencido as mulheres a praticarem os atos sexuais, alegando ter incorporado anjos e que a realização da prática iria trazer benefícios para a vida delas.

As vítimas, que foram escolhidas justamente por estarem muito fragilizadas, nem resistiam aos abusos, acreditando nas palavras do religioso. Algumas afirmaram que estavam em uma espécie de transe enquanto eram estupradas.

Além dos atos de Vanderlei, Maria de Lourdes também teria participado ativamente dos crimes, de diversas formas.

Conforme as apurações, ela estimulava as vítimas, dizendo que elas deveriam escutar ao pastor, para que não fossem punidas por desobediência.

Ela também fazia a ‘vigia’ do ambiente onde os abusos ocorriam – na casa do casal, das mulheres ou em um quartinho específico da igreja – para que não fossem flagrados.

Em ao menos uma ocasião, a esposa também teria participado dos atos libidinosos com as vítimas.

A delegada Isabella Joy, titular da Delegacia Especializada no Atendimento a Mulher (DEAM) e responsável pelo caso, fez um alerta nesta sexta-feira (10) para a população de Anápolis.

Isso porque é provável que outras pessoas também tenham sido vítimas do casal e, diante disso, é recomendado que todos procurem a DEAM, localizada na Rua Dez de Março, 257, no Centro do município.

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