Família de Anápolis luta há mais de uma semana para salvar vida de bebê que precisa de cirurgia urgente

Pais do pequeno Carlos Henrique viajam todos os dias da cidade até Goiânia, para acompanhar o filho, internado no Hospital da Mulher

Augusto Araújo Augusto Araújo -
Pequeno Carlos Henrique Aquino Farias Pereira está internado no HEMU, em Goiânia. (Foto: Arquivo Pessoal/Thaynnara Ferreira)
Pequeno Carlos Henrique Aquino Farias Pereira está internado no HEMU, em Goiânia. (Foto: Arquivo Pessoal/Thaynnara Ferreira)

Após mais de uma semana de espera, o sofrimento da família do pequeno Carlos Henrique Aquino Farias Pereira não tem fim, enquanto aguarda a operação que irá salvar a vida do recém-nascido.

Internado no Hospital Estadual da Mulher (HEMU) desde o parto – realizado no dia 28 de novembro – o bebê precisa urgentemente da cirurgia, já que nasceu sem o lado esquerdo do coração.

O procedimento para corrigir a má-formação deveria ter sido realizado assim que a criança nasceu, já que a condição dele é de altíssima mortalidade.

Entretanto, a operação deveria ser feita no Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol). Porém, a unidade de saúde não teria vagas para receber Carlos Henrique.

Ao Portal 6, a mãe do bebê, Thaynnara Ferreira, explicou que a informação que foi repassada pelo hospital é de que já havia muitas cirurgias cardíacas no momento, o que dificulta o atendimento do filho.

“Estamos vivendo um momento muito difícil. Nós somos de Anápolis e estamos indo e vindo todos os dias para Goiânia. Eu fiz cesariana, mas nem tive resguardo, ainda com os pontos inflamado eu vou. E ainda nem temos carro pegamos carro emprestado. E estamos nos virando para abastecer”, desabafou.

A mulher, de 30 anos, revelou que ela e o marido estão fazendo um esforço redobrado para se virar, tamanha a delicadeza do caso.

Isso porque, desde que descobriu a gravidez de risco, Thaynnara está afastada das atividades no Hospital Estadual de Anápolis Dr. Henrique Santillo (HEANA), onde trabalha na cozinha.

Já o esposo, entregador de autopeças e em uma pizzaria, foi liberado pelo serviço, que “entendeu a situação” da família e não está o obrigando a trabalhar. No entanto, não se sabe como vai ficar o pagamento ao final do mês.

“Nós ainda temos um outro rapazinho aqui em casa, de quatro anos, que meu esposo leva e busca para a creche de manhã, vamos para Goiânia e voltamos pela noite”, detalhou a mãe.

No atual momento, Carlos Henrique se encontra no setor de Estabilização do HEMU, em um quadro clínico controlado.

Contudo, como a condição é grave, qualquer falha no bombeamento do coração pode ser fatal.

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