Como a alta demanda pelo SAMU tem desgastado a frota de ambulâncias em Anápolis

Serviço é acionado, em média, mais de 100 vezes por dia e conta com veículos já antigos à disposição

Samuel Leão Samuel Leão -
Como a alta demanda pelo SAMU tem desgastado a frota de ambulâncias em Anápolis
Imagem mostra profissional de costas e ambulância do SAMU ao fundo. (Foto: Arquivo/Emerson Dias/NCom)

Uma das áreas de maior importância em qualquer município, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) constitui a linha de frente da saúde pública. Em Anápolis, a alta demanda e a baixa quantidade de ambulâncias para a atuação, por vezes, resulta em uma saturação dos profissionais à disposição da população.

Em entrevista ao Portal 6, Tiago Carrijo, coordenador do serviço, relatou que, atualmente, cerca de cinco ambulâncias se encontram em manutenção, equivalente à metade das disponíveis. Enquanto isso, as outras atendem mais de 100 casos por dia.

“Hoje, o SAMU é composto por 10 viaturas, 2 são de suporte avançado, 6 são básicas e 2 são motolâncias. No entanto, 5 das básicas estão em manutenção, de modo a garantir a segurança na circulação e a disponibilidade de veículos nesse tempo chuvoso”, detalhou.

Ele ainda apontou que esse balanço de ativas e paradas é corriqueiro, de modo que sempre há alguma unidade em manutenção. A maioria dos veículos teria entre 5 e 6 anos de uso, o que torna necessário procedimentos de verificação de freios, pneus e motor mais frequentemente.

“Até o final do dia devemos voltar com mais duas, mas vale ressaltar que temos 3 viaturas sanitárias, que são viaturas do município para emergências. Uma questão é que atendemos casos de Goianápolis, Terezópolis, Campo Limpo, Gameleira e outros lugares, fazendo entre 100 e 110 atendimentos diários em média”, explicou.

Tiago ainda reforçou que uma das ambulâncias está por conta apenas da dengue, e exemplificou que, na última sexta-feira (09), uma das viaturas foi atingida por um motorista de aplicativo e precisou de um conserto mais complexo. Todavia, apesar do grande volume, a unidade local opera conforme a reserva técnica estabelecida pelo Governo Federal.

“Nós já chegamos a fazer 125 ocorrências em um só dia, então é falsa essa impressão de que faltam ambulâncias. Realmente é recorrente que elas fiquem em manutenção, especialmente para prevenir acidentes, mas sempre existem outras à disposição da população”, finalizou.

Por fim, o profissional ressaltou que os problemas quase sempre ocorrem apenas nos veículos, e não no equipamento de saúde instalado neles.

Inclusive, segundo ele, no caso de paralisações das Unidades de Suporte Avançado (USA) – que funcionam como UTI’s móveis – os aparelhos são retirados e instalados em outras disponíveis, a fim de manter as ambulâncias especializadas sempre disponíveis.

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