Relembre os ataques escolares que já abalaram Goiás

Nesta terça-feira (20), a morte de um aluno em Anápolis marcou mais um episódio na longa lista de violência

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
Colégio Goyases, em Goiânia (Foto: Reprodução/Redes sociais)Relembre os ataques escolares que já abalaram Goiás
Colégio Goyases, em Goiânia (Foto: Reprodução/Redes sociais)

A cidade de Anápolis foi palco de uma tragédia cruel na manhã desta terça-feira (20), quando um estudante foi vítima fatal de uma emboscada e outros dois foram feridos. O caso aconteceu no Colégio Estadual Leiny Lopes de Oliveira e compõe a triste lista de situações semelhantes que já ocorreram em Goiás.

Ao menos três pessoas, motivadas por uma briga durante a transmissão de um jogo online, estiveram presentes para realizar o ataque em que os estudantes foram esfaqueados.

De acordo com o delegado Wlisses Valentim, do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Anápolis, estavam presentes um adolescente, que discutiu virtualmente com o garoto assassinado, o irmão mais velho – que seria o autor das facadas – e a mãe de ambos, que portava um martelo.

A vítima não resistiu aos ferimentos e faleceu ainda no local, enquanto os outros alunos atingidos foram levados às pressas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Vila Esperança e, posteriormente, transferidos para o Hospital Estadual de Anápolis Dr. Henrique Santillo (HEANA).

Outros casos

Há quase um ano, uma sequência de fatos semelhantes ocorreu em Santa Tereza de Goiás, abalando mais uma cidade goiana com violência. No dia 11 de abril, por volta das 8h, um aluno de 13 anos foi até a escola onde estudava, armado com uma faca, e feriu duas alunas.

Antes que mais pessoas fossem atacadas, uma professora conseguiu conter o adolescente. As vítimas foram encaminhadas ao Hospital Municipal Dr. Tarcisio Liberte com ferimentos que não ofereciam risco à vida.

Porém, o caso mais grave de violência em escola já registrado em Goiás se deu poucos anos antes, em 2017, em Goiânia.

No dia 20 de outubro, durante o intervalo do Colégio Goyazes, um estudante de 14 anos, filho de policiais militares, acessou a mochila e retirou uma arma de calibre. 40. Em seguida, ele atirou para todas as direções, sem um alvo específico.

Enquanto alguns alunos conseguiram fugir da mira, dois foram baleados e faleceram no local: João Vitor Gomes e João Pedro Calembo, ambos de 13 anos.

Ao descarregar a arma, o agressor se preparava para recarregar o revólver e continuar o ataque quando uma coordenadora conseguiu o convencer a parar o massacre.

Dois anos depois, em 2019, outro adolescente, de 13 anos, foi apreendido ao ameaçar um ataque à Escola Municipal Jesuína de Abreu, também na capital.

Em mensagens submetidas à Polícia Civil (PC), a suposta namorada do aluno “terminava” com ele e, com isso, ele afirmou que “o massacre está mais perto do que vocês pensam e ninguém vai escapar vivo, nem mesmo você”.

Outras conversas foram encontradas no celular do menor em que ele planejava um possível ataque juntamente com o primo e um colega da mesma escola. No entanto, foi possível impedir que o crime ocorresse.

Situações de ameaça também ocorreram em diversas outras cidades, como Rio Verde, Pontalina e Bom Jesus de Goiás.

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