Homem vai parar na delegacia após chegar em casa e encontrar outra pessoa morando nela

Vítima só descobriu o golpe ao chegar na residência, que teria sido "vendida" por uma agiota

Samuel Leão Samuel Leão -
Rua do bairro Jardim Colorado, em Goiânia. (Foto: Google Street View)
Rua do bairro Jardim Colorado, em Goiânia. (Foto: Google Street View)

Imagine chegar na própria casa e se deparar com outra pessoa morando lá, com todos os móveis e até pets que lhe pertencem. Um homem teve essa surpresa, na noite desta terça-feira (27), e acabou se desentendendo com o “novo morador”. O caso aconteceu no setor Jardim Colorado, em Goiânia.

O proprietário do imóvel, de 58 anos, abriu o portão por volta das 19h, sendo surpreendido por outra pessoa lá dentro. Nesse momento, o outro indivíduo, de 41 anos, afirmou que comprou a casa pela OLX e ordenou que ele saísse dali.

Após trocarem xingamentos e até ameaças, o homem explicou que havia pago cerca de R$ 50 mil para uma vendedora, que parcelou para ele o restante do valor da residência e o levou até lá.

Ao chegar no local, ela estava acompanhada de um chaveiro, que teria copiado todas as fechaduras e entregado as chaves. Ele ainda afirmou que não estranhou a casa estar ocupada por móveis, itens pessoais e animais, porque havia sido informado que o outro morador estaria “de saída”.

Vindo de Campinas, o homem decidiu ligar para a tal vendedora, que afirmou estar a caminho com um advogado. No entanto, nunca apareceu. Inicialmente, a Polícia Militar (PM) compareceu ao local para averiguar uma denúncia de ameaça, pelo desentendimento das partes.

Entretanto, ao chegar lá, a guarnição descobriu que na realidade se tratava de uma fraude. Os dois foram instruídos a se dirigirem até a Central de Flagrantes, onde registraram o caso, tipificado como estelionato.

Na delegacia, o real proprietário da casa revelou que estava devendo duas parcelas ao banco e apontou ainda que havia feito uma procuração para a mulher vender a casa, tendo até coletado cerca de R$ 40 mil com ela e o marido dela – que, segundo ele, seriam agiotas.

O caso foi tipificado como estelionato e, agora, deve ser investigado mais a fundo pela Polícia Civil (PC).

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