Soltura de lutador suspeito de ameaça e estupro causa medo em vítimas: “mudei até de endereço”
Ao Portal 6, diversas mulheres compartilharam o sentimento geral de desânimo, pânico e insegurança
Uma mistura de medo, pânico, desânimo e impotência. É assim que as vítimas do lutador de jiu-jitsu, Tiago Gomes de Oliveira, de 41 anos, descrevem o momento vivido após a soltura do homem, que é suspeito de agressão física, violência psicológica, ameaça, estupro e até da transmissão de infecções sexuais, em Goiânia.
Solto na última terça-feira (09), ele havia sido preso no domingo (07), durante um campeonato de artes marciais na capital. Após conseguir um habeas corpus, passou a responder em liberdade, mesmo com uma extensa ficha de acusações.
O Portal 6 recebeu relatos de vítimas, as quais desabafaram sobre a insegurança que vivenciam devido ao retorno dele às ruas.
“Ele tem contato com gente perigosa, então estamos bem inseguras. Para fazer algo comigo é fácil. Estamos com uma mistura de sentimentos. Ontem, encontrei o vídeo do dia do estupro, vou ser ouvida pela delegacia”, expressou uma das mulheres à reportagem.
Entre as denúncias e pedidos de ajuda, uma aponta que ele seria filho do braço direito de um famoso criminoso, conhecido nacionalmente pelos sequestros e fugas da polícia praticados, aumentando ainda mais a sensação geral de insegurança.
“Agora, esperamos que ele não vá fazer nada, como repercutiu demais, até a nível nacional. O meu receio é ele mandar fazer, terceiros fazerem alguma coisa. Tenho dois filhos e não tenho ninguém por mim, até mudei de endereço”, lamentou outra.
Como ele atuava
Além das vítimas, que se preocupam agora com a própria segurança e buscam formas de se resguardar, outras mulheres falaram sobre o modus operandi de Tiago. A maioria, inclusive, expressou alívio pela relação com ele não ter saído do mundo virtual.
“Eu o conheci através do Facebook, ele seduz mesmo. Eu não caí na dele porque achei ele muito insistente no assunto sexo. Falava comigo como se eu fosse presa dele. Já o encontrei em baladas, sempre sozinho. Agora entendi que Deus me livrou”, disse.
“Conheci ele no Tinder, e já estava há um tempo conversando com ele. Misericórdia!”, relatou outra mulher, que também cessou as interações antes de chegar a conhecê-lo pessoalmente.
Alguns relatos ainda disseram que o homem se apresenta como programador, mas sequer trabalha, alegando “que o mercado está ruim”.
A partir disso, ele se aproveitaria da boa vontade das parceiras para ganhar viagens, visitas a restaurantes e passeios diversos.
Dentre os crimes atribuídos a ele estão: estupro de vulnerável, divulgação de imagens íntimas, contágio de doenças sexualmente transmissíveis, agressão física, violência psicológica e ameaça.
As acusações seguem sendo investigadas.