Faltar aula foi o que fez adolescente descobrir câmera colocada por empresário no banheiro de casa em Anápolis
Empresário que alugava a residência para família foi preso em flagrante na última sexta-feira (19)
Depois de mapear os detalhes da rotina de uma família, para a qual ele havia alugado uma casa, Francismar Fernandes da Silva, de 36 anos, decidiu invadir o local para reposicionar uma câmera que havia escondido no banheiro – para espionar adolescentes e uma criança que lá moravam.
O que ele não contava era que uma das adolescentes, de 16 anos, havia faltado a aula bem no dia e estava no local.
Preso na última sexta-feira (19), o empresário, dono de uma empresa de energia solar, foi pego no ato pela garota que, depois de vê-lo, encontrou a câmera no interruptor. Ela avisou os pais, que, por sua vez, alertaram a polícia.
Ao Portal 6, a delegada responsável pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Aline Lopes, revelou a possibilidade de novas vítimas surgirem, uma expectativa reforçada pelo frequente acesso do homem ao interior de residências diversas.
“Ele não tinha passagens, era aparentemente um cidadão de bem. Irá responder pelo registro de imagens pornográficas envolvendo crianças e adolescentes, e pela invasão do domicílio. Como ele trabalha com instalação de equipamentos residenciais, temos a expectativa do surgimento de novas vítimas”, detalhou.
Apesar do ocorrido, a prisão do homem não se deu em flagrante, visto que ele fugiu do local, e sim através de um mandado de prisão preventiva. O suspeito já passou pela audiência e teve a prisão mantida, enquanto são realizadas perícias nos equipamentos dele.
“O que a polícia vai apurar agora é o que ele fazia com essas imagens, se era para satisfazer a própria lascívia, se ele vendia ou armazenava. As vítimas foram ouvidas e estavam bastante revoltadas e assustadas e, como é um trauma, essas adolescentes foram encaminhadas para o acompanhamento psicológico”, complementou.
A delegada ainda expressou que a perícia preliminar já está sendo realizada, na qual estão sendo verificados computadores, cartões de memória e celulares do suspeito.
Um procedimento mais detalhado ainda deve ser realizado nos equipamentos, desta vez em Goiânia.
A orientação final foi para que possíveis vítimas busquem a DPCA, para que os casos sejam integrados na investigação em andamento.