Barulho de obras durante a madrugada revolta moradores de Anápolis: ‘já tem 1 mês, não dá para dormir’

Situação também vem afetando responsáveis por crianças atípicas, que não suportam o som logo cedo

É com o martelar constante e barulhos de obras que os moradores do bairro Boa Vista, região Nordeste de Anápolis, têm sido acordados, diariamente, por vezes antes mesmo das 06h, ao longo das últimas semanas.

Foi o que relatou, em entrevista ao Portal 6, realizada na tarde desta sexta-feira (17), o Dj Weber Evangelista, de 51 anos, que contou que não é raro ter de trabalhar a noite toda, em eventos e, quando chega em casa, não consegue sequer dormir por conta do barulho.

“Eu tenho uma filha de dois anos, como que faz? Toda manhã acordar já com esse som? E para quem trabalha a noite inteira, faz como?”, questionou.

Em um vídeo, gravado às 06h desta quarta-feira (15), Weber registrou a altura do barulho, reforçando que tudo havia começado antes mesmo das 05h.

“Não estou falando para eles não trabalharem, sei que os funcionários lá tem que erguer a obra, mas não tem como começar em um horário melhor? Esses dias, 05h50 já estavam lá, a todo vapor”, denunciou.

Ele ainda pontuou que os trabalhos na obra também continuam, inclusive, aos fins de semana, durando até as 22h, dependendo do dia.

Mais denúncias

Andressa Barbosa, de 63 anos, dona de um pequeno comércio na região, também atestou a situação, informando que realmente é um problema para todos os que moram no entorno.

“Eu particularmente não me incomodo, até porque acordo cedo naturalmente, mas meu neto, que é autista, odeia levantar essas horas e também tem muito problema com o barulho. Parece bobeira para quem não entende, achar que é ‘só barulho’, mas quem é mãe, avó, sabe”, contou.

Vale destacar que, em Anápolis, em locais residenciais urbanos o limite de barulhos durante o período diurno é de 50 decibéis, enquanto que o noturno é de 45 decibéis.

O Portal 6 tentou, por diversas vezes, contato com a Realiza Construtora, apontada pelos moradores como responsável pelo empreendimento, através do número de telefone disponibilizado no site da empresa, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço segue em aberto.