Entenda esquema de policiais militares que apropriavam de carros após abordagens de trânsito, em Goiânia
Eles se tornaram réus após denúncia oferecida pelo Ministério Público de Goiás
Três policiais militares (PMs) se tornaram réus na Justiça após o Ministério Público de Goiás (MPGO), por meio da 79ª Promotoria de Justiça de Goiânia, oferecer uma denúncia por terem se apropriado indevidamente de três veículos apreendidos durante abordagens de trânsito, na região metropolitana da capital.
Os fatos teriam ocorrido nos dias 9, 13 e 29 de janeiro deste ano. Conforme o MP, para satisfazerem os próprios desejos, nas ocasiões o sargento Leandro Alves dos Santos Correa e o soldado Amadeu Pereira Chaves, teriam deixado de fazer os devidos Registros de Atendimento Integrado (RAIs) de apreensão dos veículos.
Ainda segundo a denúncia, por volta das 19h do dia 9, em equipe, o sargento e o soldado estavam realizando patrulhamento pela Avenida do Povo, em Goiânia, quando em um dado momento, abordaram o motorista de um Volkswagen Gol.
O veículo se encontrava com o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) atrasado, motivo este que fez com que o carro fosse recolhido.
O soldado então teria assumido o controle da direção do veículo apreendido, enquanto o sargento conduzia a viatura. No entanto, os militares deixaram o local sem preencher qualquer registro de apreensão.
Já no dia 13, Amadeu teria entrado em contato com o soldado Thierry Oliveira da Cruz, ofertando o Gol supostamente apreendido por apenas R$ 3 mil. O acordo foi feito e 20 dias depois, o automóvel foi novamente vendido, sendo desta vez R$ 500 mais caro.
Para mais, conforme a promotora de Justiça Adrianni Santos Almeida, em substituição na 79ª PJ de Goiânia, a dupla teria feito o mesmo outras duas vezes, sendo com mais um carro e uma moto, sempre passando o veículo para frente após a apreensão.
O caso acabou parando na Corregedoria da Polícia Militar (PM) e um procedimento de apuração e medidas disciplinares cabíveis foi instaurado.
Diante dos fatos, o MP ofereceu a denúncia contra o sargento Leandro Alves, o soldado Amadeu e Thierry Cruz, todos envolvidos no esquema.